Com um grande tombo no número de deputados e de votos (menos agora, com 97% dos votos apurados, do que o PSD sozinho em 2011), a coligação governamental pode ter ganho o jogo, mas não sei se tem pontos para ganhar o campeonato.
Day: Outubro 4, 2015
Balanço Preliminar
Perda da maioria do PSD/CDS, mas com vitória relativa clara.
Descalabro de um PS sem rumo, sob o comando de um António Costa incapaz de perceber que o país não é Lisboa ou uma tertúlia televisiva, que acreditou nas loas que lhe teceram.
Grande resultado de um Bloco que resistiu à dissidência cosmopolita e europeísta do Livre/Tempo de Avançar.
CDU sem capacidade para crescer em termos eleitorais.
Partidos “pequenos”, mesmo pequenos. Marinho Pinto pode ficar com o lugar de eurodeputado e Rui Tavares talvez consiga aquilo que sempre pareceu a sua missão, fazer-se eleger.
And The Oscar Goes To…
Uma Hora A Comentar A Descida Da Abstenção?
Conferência de imprensa da coligação a preparar um resultado intermédio, estagiários ou malta inexperiente a fazer directos e baralhando-se a cada frase, mais umas quantas figuras de cera do regime mediático à volta das mesas, a encher chouriços sem sequer aparentarem mais do que o interesse no valor da avença.
Na TVI24, Pires de Lima a falar de futebol e de “equipas grandes”, quando o jogo do Benfica foi adiado e o do Sporting é às 20.30.
Votei
Aqui à frente.
Estava muita gente, apesar dos apelos de um presidente da República que não percebe que são políticos como ele e os que protegeu e deixou multiplicar como fungos daninhos durante três décadas que afastam os cidadãos das urnas.
Não é o futebol, a praia, a chuva, qualquer outra distracção menor que aumenta a descrença na política, na democracia. São políticos apenas preocupados no seu enquistado cursus (des?) honorum que só no plano retórico querem uma participação activa dos restantes cidadãos que a destroem voluntariamente por dentro, até dela restar apenas uma claustrofóbica teia burocrática de promoções caciquistas.