E se funcionar será verdadeiramente refundador de um regime que parecia ter proibido uma parte da população de ter representação governamental, em virtude da excessiva permanência de um arco imperfeito.
Aguardam-se chiliques nas senhoras mais sensíveis e tremuras nos senhores com traumas mais ou menos distantes que consideravam a governação do centro para lá um direito adquirido.
A ver se isto avança que já estou farto de ver as trombas dos Assis em tudo o que é espaço comunicacional (a importância de um 0 insuflado por amigos da onça!…) e, principalmente, de todos aqueles que inventam dificuldades todos os dias para o acordo, não conseguindo já conter o seu desejo de que o mesmo falhe e o pânico de o mesmo vingue.
E também escasseia a pachorra para aturar aquelas mentes mais tortuosas que asseveram querer a mudança, que antes a reclamavam (“mas quando é que isto muda?…”), mas agora que ela se mostra possível, só a desejam em condições de higiene que acham politicamente correctas (julgam AC um “batoteiro” por terem a visão indigente das eleições como uma competição para PM), quer dizer, aspiram à mudança lá para o dia de s. nunca à tarde, no fundo. As notícias que todos os dias são postas a circular (et pour cause…) sobre supostas divergências ou dificuldades nas negociações, são por eles logo catadas e apontadas com mal disfarçado regozijo, “eu já sabia que isto não ia dar certo” (como tais notícias confirmam aquilo para que os seus ressentimento e espírito reactivo os inclinam, nem se interrogam sobre a sua veracidade ou intenção segunda).
E se o governo de esquerda se constituir, já sei que todos aqueles estarão sempre à espera de qualquer falha (suposta ou real) para apontar: “eu não dizia?”…
Nem vou falar muito daqueles que deixaram passar sem um queixume as políticas do anterior governo, que até os prejudicaram objectivamente, devido apenas à sua simpatia partidária ou afinidade ideológica (às vezes inutilmente escondida), mas que serão os primeiros a vir a terreiro para apontar as eventuais falhas de um governo da esquerda que se venha a constituir. Porque esses divertem-me ou dão-me, no fundo, alguma dó…
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É aproveitar para comentar, enquanto o Fafe não vem para aqui ocupar o espaço todo da barra lateral com os seus epigramas pretensamente obscuros a repetir sempre o mesmo.
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Estou dívida, o que é raro.
A razão obriga-me a considerar que tudo deve ser feito para livrar as pessoas do previsível desastre de um governo instável, liderado por um poucochinho.
A emoção faz-me esquecer as consequências e imaginar que se tratará de uma experiência pedagógica, que deve ser vivida como se estivéssemos em Cuba, na Coreia do Norte ou mesmo em Angola ou na China.
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Como foram estes 4 anos. De uns estamos vacinados, embora eu saiba que não foram maus para toda a gente. Say no more, say no more.
Só um detalhe… não me parece que existam patriotas mais patriotas do que os outros por causa da cor partidária. Pelo menos, não me parece que se aponte Angola como mau exemplo, quando os nossos governantes PSD-CDS andam a lamber-lhes as botas. E, ditaduras por ditaduras, acho que muita gente do actual governo apoia ou apoiou coisas tão más quanto Cuba. Ou sancionou coisas criminosas como o Zémanel.
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Boa, boa! Isto vai lá. Mas se vier com elementos da esquerda no Governo será perfeito! 🙂
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Esperemos que se consubstancie essa representação governamental.
E que essa coligação funcione.
Mas, confesso, acho que tem tudo para dar errado.
#Disclaimer:
Isto é uma opinião. Não é um desejo e muito menos uma premonição.
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