Sábado

Sem testes ou outros materiais por preparar, apenas uma turma por classificar até 3ª feira e uma convocatória que pode sair apenas na 2ª feira. Quase se estranha, poder ter fim de semana, assim como as pessoas normais, aquelas que dizem que os profes trabalham pouco e não passam de inúteis bem pagos (mesmo se depois dizem que nunca disseram isso, quanto muito pensaram, porque não há machado que corte a raíz aos maus pensamentos, aqueles que eu também tenho sobre comprovados inúteis bem pagos, mas isso agora não interessa nada, porque não me apetece receber cartas de advogados ou convocatórias da polícia para testemunhar).

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Atroz

Ver e ouvir Passos Coelho a tentar fazer toda a gente passar por parva, o que é mais confrangedor quando ele não é propriamente dotado de mais do que de um chico-espertismo mal envernizado.

Que não, que aquilo da sobretaxa não foi uma enorme aldrabice pré-eleitoral – a isso já os seus acólitos não chamam fraude – e que ele sempre pensou que seria possível devolver “entre um quinto e um quarto do valor”, quando o que prometeram foi bem acima disso e tudo veio a escorregar para zero em menos de um mês.

Há alturas em que não devemos de chamar mentiroso e quem diz mentiras e deixarmo-nos de rodeios ou fórmulas de politiquês. Passos Coelho deve achar que, talvez por não ser possível achar qualquer rasto documental, não é possível “provar” que aldrabou para que as eleições não se lixassem. Aldrabou e mentiu, sendo apenas deprimente que o tenhamos de aturar a fazê-lo com aquele ar de sonso, como se tivesse acabado de receber a hóstia depois de se achar livre de pecado, após auto-absolvição.

Passos