Eleições complicadas nos dois países. Em França, as ondas de choque dos atentados dão uma força enorme a Marine Le Pen (que tem mais apoio nas comunidades portuguesas do que se gosta de admitir), pois Hollande não convence quase ninguém e o seu show-off militarista das últimas semanas é visto como oportunista.
Na Venezuela, o perigo é que Maduro é um proto-ditador, incapaz de perceber que os “ismos” morrem com os próprios e que as eleições não servem apenas para enfeitar os regimes.
Os nacionalismos e os totalitarismos são igualmente perigosos para a coisa estabelecida na democracia. Isso do poder ser do povo é sempre um eufemismo que se pode esquecer quando se é eleito. Acho que é por isso que tanta gente tem a ideia de “centro” na cabeça quando vota- quer evitar o extremo e equilibrar a res publica. Daí ter-se criado o centrão que transformou isto num pântano- no sul manda a corrupção.
(Em Espanha o Podemos – de esquerda- cede para o Ciudadanos que é de centro direita. Alianças são possíveis…)
O equilíbrio na Europa está deslocado para a direita em termos globais, neste momento. A nova Esquerda está em esboço ainda. Pode acontecer uma cisão: Norte – direita ; Sul- esquerda. Os bárbaros voltam a invadir-nos agora através dos mercados. Nós somos os PIGS da quinta deles- até quando…? Projeções sobre equilíbrios e evoluções só daqui a 4 anos mas o futuro será interessante.(receio já ter morrido quando o Sul resolver revoltar-se tal é o sentimento de inferioridade destes brancos de 2ª – como nos chamam com o nosso aplauso!
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