Ensinaram-me de pequeno que os cristãos defendiam a vida humana, toda e qualquer uma, acima de qualquer outro valor e que o liberalismo se preocupava, acima de tudo, com o indivíduo, abjurando quem os indistingue nas massas dos colectivismos que tudo reduzem a leis deterministas. Percebam, portanto, que me sinta baralhado ao ver, ler e ouvir liberais crentes a defender medidas políticas e económicas baseadas em fórmulas e modelos matemáticos, erguendo tabelas, índices e médias e alegando valores estatísticos acima dos interesses do egoísta conforto da vida humana individual, como que acreditando num darwinismo social e económico da sobrevivência dos mais fortes ou adaptáveis às leis abstractas de um mercado impessoal. Baralho-me ainda mais quando vejo empedernidos materialistas colectivistas preocupados com a dignidade dessa vida humana individual e a defenderem políticas de solidariedade social que visam apoiar toda e qualquer vida. Eu sei que Jesus perceberia tudo isto, mas quer-me parecer que ele era capaz de ser um utópico esquerdista. E eu sinto-me mais cristão do que os que batem no peito e se perdoam a si mesmos com más confissões e ainda piores justificações.
Submarinices….
GostarGostar
É bom que te sintas cristão mas…terás de começar a dar a outra face! Não se faz a coisa pela metade…! 😛
GostarGostar
Eu escrevi “mais” do que… não que me sentia por completo. 🙂
GostarGostar