Novo debate azedo, muito azedo em alguns momentos e, de novo, a roçar a deselegância na forma como MRSousa se dirige aos interlocutores, em particular quando pretende cobrar créditos por ter viabilizado o governo de Guterres. Fez isso com Henrique Neto (a quem disse que só continuara como deputado à sua custa) e agora com Maria de Belém (ela só foi ministra porque ele…). Fica-lhe mal, tem quase 20 anos e é pouco como pergaminho de estabilidade, em especial quando lhe dão a entender que teve contrapartidas por tudo isso.
Mas o debate de hoje começou sob o signo do debate de ontem, que foi o que marcou a ruptura em relação ao que se vinha passando. O carácter ziguezagueante e intriguista dos dois candidatos foi explorado por ambos, nem sempre da forma que acho mais eficaz e perceptível para o eleitor comum que, com muita justiça, achará que são tod@s o mesmo. Algo que não acontece com Sampaio da Nóvoa. Entre Maria de Belém e MRSousa parecemos estar perante uma troca de tricas de outrora, em que cada um conhece os podres (não apenas os públicos) políticos d@ outr@. Repito, terá ganho o ausente em tal troca de mimos.
Absolutamente ridículo o tempo perdido por MRSousa com a alegada ofensa que seria qualificá-lo como hiperactivo, não sabendo MBelém dizer que ele é – efectivamente – hiperactivo político.
Um detalhe final… uma daquelas imprecisões de quem se gaba de não levar notas para os debates. Ali a finalizar o primeiro terço do debate, MRSousa ostentou tudo o que fez em prol do governo de Guterres e especificou o apoio à aprovação de uma “Lei de Bases da Educação” que nunca foi legislada nesse período (continuamos com a de Roberto Carneiro, vetada que foi a proposta por David Justino). Julgo que se referiria ao chamado RAAG (regime de autonomia e administração escolar) de Marçal Grilo. São erros de quem confia demasiado em si mesmo e numa memória algo agitada.