A recente reforma da avaliação no Ensino Básico desperta reacções apaixonadas como as de Lurdes Figueiral (a favor) ou de Guilherme Valente (contra).
Ao contrário de Marcelo Rebelo de Sousa não concordo com a coisa e o seu contrário, pelo que discordo das duas, nas suas posições mais extremistas. Compreendo a argumentação de ambos, mas acho que exageram na maldade ou bondade dos “exames” (eu sou favorável, como se sabe, mas desde que enquadrados em outras medidas). No caso de Guilherme Valente – o mais paróxico – que é director de uma editora com interesse na Educação, que tal publicar alguns dos estudos que avançam o que sabemos sobre o aspecto cognitivo dos alunos, em vez de apenas enunciar que existem?
Não sou especialista como uma nem sabe-tudo como o outro, mas a prosa do GV suscitou-me uma reacção, não sei se extremista, mas por certo veemente: o homem passou-se! https://escolapt.wordpress.com/2016/01/10/o-homem-passou-se/
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Já agora, e especificamente sobre o post: “exames, enquadrados em outras medidas”.
O problema é que o governo anterior decidiu criar mais exames justamente para não ter de tomar outras medidas, que levariam tempo a aplicar e custariam dinheiro. E isso era perceptível desde o início. E por isso também me manifestei contra desde o princípio.
O exame foi e é sempre a solução fácil. Mas é uma falsa solução. Os alunos passam sem saber? Exames no final de todos os ciclos. Andam muitos anos a aprender Inglês mas não desemburram? Outro exame no final do básico. Há problemas na formação de professores? Um exame depois de já estarem formados…
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