Os efeitos das políticas pafistas está à vista. Uma insensibilidade social a toda a prova. Resta saber se deu para o pessoal ficar vacinado. Infelizmente, às vezes nem com exemplos práticos bem visíveis se aprende. O mais complicado é que já apareceu um novo governante a querer reduzir o número de urgências, não percebendo eu se é esperando que os portugueses melhores da saúde ou se é apenas não os atendendo quando necessitam. Será que matá-los à espera conta para baixar os atendimentos?
Aqui pela província, até pela maior proximidade que se tem com as pessoas, notam-se talvez mais os malefícios do austeritarismo no domínio da saúde (entre outros).
Há bastantes pessoas, mormente idosas, que sentem cada vez mais dificuldades em começar/prosseguir tratamentos ou cuidados pela simples falta de recursos materiais.
Verifica-se, assim, uma evidente regressão na qualidade e esperança de vida.
Se o actual MdS conseguir levar por diante a ideia de investir nos Centros de Saúde – que aqui na província são o que existe mais perto das populações -, talvez esse atendimento de 1ª linha consiga melhorar também o atendimento nas urgências.
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Há vários anos que me divirto a seguir o índice da Health Consumer Powerhouse, sobretudo porque a imprensa portuguesa continua a não ter a mais pequena curiosidade sobre quem é essa entidade. Se o fizessem, verificariam que é um grupo de pressão (aliás, sediado em Bruxelas, que é onde a pressão se exerce), proveniente da Timbro, que é uma espécie de filha espiritual sueca da Heritage Foundation americana, um dos principais thinktanks de direita. Aliás, eis a missão da Timbro, que retirei do site deles: Timbro’s mission is to originate, promote and disseminate ideas and issues supporting the principles of free markets, free enterprise, individual liberty and a free society.
O principal objectivo da Health Consumer Powerhouse é fazer pressão no sentido da privatização da saúde (eles põem a coisa doutro modo, chamando-lhe liberdade de escolha).
Diverte-me imenso ver a imprensa portuguesa citar ano após ano este índice (em que Portugal subiu bastante nos últimos anos, aliás, em grande parte devido à relação informatizada do “consumidor”, como eles lhe chamam, com o SNS) sem ter a menor noção de que persegue objectivos absolutamente contrários ao “tendencialmente gratuito” que a Constituição prevê…
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