Querem continuar a taxar-nos brutalmente os copitos à refeição. Ora… se tu és gajo para enfrentar até o tipo do Irão por causa de uma boa pinga, mais facilmente fazes o Centeno ver o sentido à garrafa.
Querem continuar a taxar-nos brutalmente os copitos à refeição. Ora… se tu és gajo para enfrentar até o tipo do Irão por causa de uma boa pinga, mais facilmente fazes o Centeno ver o sentido à garrafa.
E nem são necessários brioches. Até porque há que se gabe de gastar isso num fim de semana. Ou menos. Só para exibir.
Querem baixá-lo e eu acho bem. as editoras alegam que os custos de produção são elevados e certamente terão razão enquanto tentarem que os manuais compitam graficamente com outro tipo de recursos, o que é uma tarefa complicada. Eu sei que é uma solução que não servirá para todos, mas a desmaterialização do manual (ou de parte dos seus recursos) para suportes digitais, em especial online é uma forma fácil de reduzir custos e já é actualmente ensaiada pelas maiores editoras com os e-manuais para os professores e códigos de acesso para alunos, mas apenas para os que comprem uma cópia em papel. É verdade que nem todos podem ter acesso a conteúdos apenas digitais, porque nem toda a gente tem possibilidade de pagar banda larga e equipamentos compatíveis em casa e as escolas não têm meios de satisfazer as necessidades de estudos de todos esses alunos*. Mas nada impede que os alunos que o prefiram, acedam ao manual apenas em suporte digital ou em pen, pois o seu custo é muito mais baixo e permite incluir muito mais recursos do que um manual convencional ou mesmo os famigerados blocos pedagógicos de 25-30 euros por disciplina. É verdade que, nesses caos, os direitos de autor teriam de ser repensados porque incidiriam sobre um valor muito mais baixo. Assim como os lucros directos das editoras se reduziriam drasticamente.
E nem falo da liberdade das escolas, departamentos ou grupos disciplinares poderem optar por compra facultativa dos manuais ou mesmo a produção e circulação de materiais próprios, em papel, por mail ou em salas de estudo virtuais. Que, aliás, fazem muito mais sentido em situações dessas do que actualmente. Só que este tipo de soluções, em especial se generalizadas, deparariam com imensas resistências. Sendo que as mais estranhas são daqueles que, defendendo a diferenciação pedagógica, consideram que o manual é o grande normalizador ao serviço das aprendizagens. Quando sabemos que quem tem meios para isso, pode usar o manual apenas como um ponto de apoio, pelo que os mais desfavorecidos irão sempre sê-lo sem outro tipo de medidas bem mais complexas e menos demagógicas.
Sou contra e, salvo excepções resultantes das condições específicas de alguma encomenda (e mesmo nesse caso quem entender que faça a revisão) ou o exercício da docência em que sou obrigado legalmente a aplicá-lo, não o uso. No entanto, não coloco em causa as qualidades pessoais de quem opta por o usar, em especial quando isso faz transparecer uma deriva obsessiva que não olha a meios e assim compromete a bondade dos fins. A linha de vida ou morte não passa por aí, até porque vejo criticá-lo quem acaba por, de forma nem sempre subtil, colaborar com a sua implementação.
Aparentemente, há quem considere que os direitos exercidos em tempos do Umbigo transitariam directamente para este Quintal. Ora… tais direitos foram resultado de um privilégio temporário e não perpétuo, bem como as regras de um espaço não são as de outro. Infelizmente, gente biologicamente crescida parece não ter entendido isso e já ganhei um stalker-tipo-vargas nesta minha nova encarnação na pessoa de um anterior colaborador que parece não ter percebido que à uma da manhã não se enviam sms para acordar a minha família só porque as noites do emissário são vazias de outro interesse que não uma certa auto-satisfação comentarística. Tendo passado por isto anos a fio e pensando estar encerrado este tipo de episódios, roça o ridículo ter de o voltar a aguentar vindo de quem vem e que teve conhecimento directo de muito do que tive de aturar e tendo eu suportado muito disso exactamente para defender a criatura em causa de todos os ataques que nunca lhe chegaram. Havendo necessidade de comunicar análises profundas e inteligentes e não apenas remoques destrutivos, pode sempre criar-se um 14º blogue e esperar que poisem. Espero ser esta a última vez que tenha de fazer este tipo de explicações públicas e solicitação de um decoro que devia resultar de alguém que se diz reger por princípios (embora se perceba que não olhando a meios e fins).
A tag deste post é sem vergonha na cara.