E se uma escola, digo, um Conselho Pedagógico, digo, um director, justificar a não realização de provas de aferição este ano porque, pura e simplesmente, o seu corpo docente está farto de palermices do ministério (mas escrevendo isto com fraseado mais bonito, mas não necessariamente muito longo), assim como a professores e alunos não apetece fazer provas de aferição que, a bem dizer, de nada servirão num regime transitório, ainda para mais quando se diz que se confia na avaliação interna feita pelos professores? Se assim é, se esta aferição é feita ad hoc e ao sabor da clientela, porque se haverá de andar a fazer testamentos justificativos para uma decisão decorrente de uma situação bem simples de total cansaço com estas trapalhadas e esgotamento pessoal e profissional de muitos professores? A autonomia não dá parta tanto? Fica-se numa lista negra de mal comportados, é isso?
A razão até pode ser essa. Mas têm de dourar a pílula…
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Penso que o que o ministro informou/decidiu tem a ver com o não conseguir atempadamente informar as escolas dos procedimentos para a realização das provas.
Se os diretores e outros não tivessem dito nada não havia problema, porque para os professores que dão aulas todos os dias estão-se o ministro e os que têm poder no ministério borrifando. Assim resolveram passar a bola às escolas. Democraticamente vai ser uma treta, porque até pode acontecer o pedagógico decidir sem ter ouvido a opinião dos professores dessas disciplinas. Mais grave, no meu ponto de vista são as pessoas / organizações / partidos, ditos progressistas, defensores disto e daquilo pactuarem com estas decisões.
De democracia não há nada. Para haver começava por perguntar se havia ou não exames.
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No sector da educação a inutilidade, a presunção, o deslumbramento e o “muito cheio de nada” costumam andar de mãos dadas e, em regra, apontadas como empreendedorismo, inovação, excelência, mérito e quejandos que tais…
Não creio que hajam mudanças para que a lógica,a racionalidade e a simplicidade venham a orientar o que quer que seja…
e… depois… ainda há aquele servilismo (independentemente da motivação que lhe esteja subjacente…) do fazer o que se pensa que os outros querem que se faça…
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