É muito masculino. Muito macho com aquele O em forma de determinante inicial e vogal final. É muito duro na sua expressão original, a remeter para muro de betão, firmeza hirta, não tanto fálica mas de qualquer modo demasiado a lembrar os alpha males fundadores. Carecemos agora de algo mais sensível, palavras que nos remetam para um outro imaginário. Bloco não. Eu proponho Manta de Esquerda, designação feliz a muitos níveis, desde logo porque lembra como se pode tapar a incomodidade em abordar causas que possam desagradar ao costa com perlimpintices de ocasião para encher agenda e motivar notícias. Manta de Esquerda, sim. Nem sequer Xaile, indeterminado mas não qb e muito menos Écharpe que faz lembrar Direita, chanel e deputadas betas. Manta é que está a dar porque, para além do mais, serve ainda para cobrir tudo o que se passar debaixo dos panos (lá cantava o ney que era muito terceira via) menos opacos.
A seguir à grã causa do Cartão da Cidadania, quero a urgente auto-crítica do “bloquismo” maculado pelo pecado da designação original, fruto de adãos macilentos. Manta de Esquerda já e em força. Macramé opcional.
Só questões laterais. A única de jeito: o regresso dos 25 dias de férias para todos.
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Manta de retalhos?
Acho que “Mosaico de Esquerda” assentaria como uma luva daquelas que vão até ao cotovelo.
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Preocupam-se com cada merd@…
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