A substância é a mesma. Não é “municipalização” é “territorialização”.
Não fosse sexta-feira chuvosa e eu ainda me daria ao trabalho de fazer umas entradas do meu Novo Dicionário Educacional acerca destes termos/conceitos que no querem dizer nada ou apenas dizem o que já foi dito, só que não querem dizer isso. A “territorialização” das políticas educativas é uma falácia. A muitos níveis, desde logo porque o principal significado é este: a Europa dá dinheiro para infra-estruturas educativas, em especial se integradas em projectos que ultrapassem a escala local e esse dinheiro é muito bem-vindo para equilibrar as finanças de muitas autarquias semi-falidas e para alimentar uma vaga de obras públicas municipais que se traduzem em imensos ganhos para alguns munícipes, nomeadamente aqueles que contratualizam muita coisa e já estão há uns anos a precisar de mudar de frota automóvel. Claro que há quem diga outra coisa, quem me acuse de preconceituoso e até há, felizmente, muito boa gente capaz de dar bom uso a estes dinheiros.
Mas, nada de enganos, o que está em causa é “territorializar” o carcanhol europeu, usando a Educação como pretexto. Se existiam reservas quanto ao “envelope financeiro” que viria a acompanhar a “descentralização educativa”, a coisa está resolvida. O resto é apenas nevoeiro e dá-me dó malta ligada ao PS que, por amor à camisola e medo do bicho-papão, engole isto e ainda saliva como se quisesse mais.
“dá-me dó malta ligada ao PS que, por amor à camisola e medo do bicho-papão, engole isto e ainda saliva como se quisesse mais.” Na mouche!
GostarGostar
Mas o Bloco e o PCP andam a fazer exactamente o quê sobre estes e outros assuntos?
GostarGostar
uma territorialização para permitir que o presidente ou vereador sejam os novos ministros da educação, com toda a atração de poder e repressão que isso trás…
GostarGostar