Será Verdade? – 2

O que vou sabendo da reunião realizada em Lisboa entre director@s e presidente do JNE (mestre Luís Santos, que julgo desconhecer em concreto)  revela a visão peculiar que os responsáveis do ME (políticos ou operacionais) têm da liberdade e democracia, em geral, e da tal confiança nos professores e na autonomia das escolas, em particular.

A confirmar-se o que vou ouvindo, e o objectivo é obrigar a maioria das escolas a fazer as provas de aferição que eram obrigatórias antes de passarem a facultativas e agora tornarem a ser, de facto, obrigatórias. Para isso, irão lixar-se na fundamentação apresentada pelas escolas que não pretendem fazer as provas, impondo indeferimentos a granel, com maiores ou menores bordoadas na coerência.

Uma vergonha que não sei se irá repetir-se em outras zonas do país.

A confirmar-se (repito), aguardo posição malabarista dos defensores da teorização da imensa bondade de “entregar a decisão às escolas”.

Para efeitos da habitual controleirice a caça às bruxas… quero desde já declarar que estas informações não foram obtidas junto de directores da minha zona de residência ou trabalho. Porque eu sei, por diversos exemplos do passado, o que certos aparelhos são capazes de fazer.

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5 opiniões sobre “Será Verdade? – 2

  1. Sempre defendi que as escolas deveriam escolher. Mas também afirmei que era preciso “dourar a pílula”. Remember? Agora se facilitaram… problema deles.

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  2. Continuo a considerar que esta merd*, como muitas outras, acabavam todas no dia em que o horário e trabalho dos professores for, como o de qualquer outro profissional, sequencial e integralmente cumprido na escola!
    – O colapso não demoraria e as respostas que as escolas (mais que qualquer instituição pública que me lembre) habitualmente dão atempadamente acabariam nas demoras habituais noutros serviços e nas famosas filas de espera:
    – Não há recursos físicos/ materiais e técnicos que comportem a presença e trabalho nas escolas;
    – Não há recursos humanos que permitissem a diversidade de actividades e tarefas, de diferentes naturezas (pedagógicas/ administrativas/ burocráticas) incumbidas às escolas (e sempre em expansão que “burro de carga” aguenta com mais peso até cair);
    – Não existiriam recursos temporais/ logístico/organizacionais que permitissem operacionalizar aquilo que é, hoje, a vida das escolas …
    … uma coisa sei: aquilo que ficaria para trás seria, como já vai ficando hoje, a parte pedagógica mas, ao menos, que se assumisse de vez, a escola enquanto “curral onde se guarda gado” e a sociedade talvez deixasse de andar iludida com tanto discurso da treta!

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