… colocar a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência a defender estas medidas, sendo notório que ela não percebe que uma sala das unidades de ensino estruturado (criadas pelo PS em 2008) não é um espaço de segregação (como as aulas de apoio individualizado em pequeno grupo no âmbito dos CEI) mas de apoio diferenciado no âmbito das escolas. Dizer isto é o mesmo que dizer que as aulas diárias de apoio ao estudo para alunos com dificuldades de aprendizagem são práticas de segregação. É curioso como quem defende a inclusão ou integração o faça com argumentos que misturam de forma esquisita a apologia de pedagogias diferenciadas e o ensino de massas. E é triste o ataque desferido a quem trabalha directamente com estas crianças e jovens, acusando os professores de meterem os alunos em “salas segregadas”.
Na verdade só não há mais “segregação” porque não há recursos humanos em quantidade suficiente. No passado estive a trabalhar com um pequeno grupo de CEI sobre uma temática especifica. Resultou? sim. Porém esta experiencia não pode ter continuidade… seria desejável? Sim. Porque nesses pequenos grupos podemos ajustar tudo e dar uma resposta atenta a estes alunos. Numa turma normal é que eles ficam abandonados. Quem nunca passou por esta experiencia não sabe nada da poda. Nem pedagógica nem de inclusão… a menos que achem que os CEI só têm de saber sorrir e comportar-se em sociedade; que não precisem saber contar dinheiro, ler, escrever, conhecer o corpo, etc.
GostarGostar