Presidência holandesa da UE troca foto de Centeno pela de José Gomes Ferreira
Dia: 22 de Abril, 2016
Porquê?
Mas vão ter de tomar porquê? O que os obriga? Convicção nas virtudes de aferição para que daqui a três anos o governo (caso sobreviva) possa dizer que fez os alunos ser aferidos no 2º e 5º ano e no 5º e no 8º durante o seu mandato? Ou apenas porque acham que podem ficar mal no retrato em relação à hierarquia, lixando-se para os seus (ex-?) colegas?
Se a decisão do ME já foi péssima, ao dar o poder aos directores de desprezar a decisão dos Pedagógicos o que dizer de quem já vai para as reuniões com a decisão tomada e nem dá hipótese de qualquer votação ou tomada de posição autónoma dos outros membros do CP?
Há políticas que também se definem – e bastante – pelos processos como se impõem. Tal como certas lideranças.
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Acções de sendeiro?
Tanta polémica acerca de uma eventual redução dos contratos de associação, quando a contrapartida vai ser bem mais gulosa. E nós a vê-los passar e a ser embarretados com as boas intenções de moralização das negociatas quando, afinal, dizem que não há rede pública de pré-escolar e o que se tira (ou não) com uma mão aos queirozes&muñozes&alvarengas se dá com a outra a abarrotar. Querem ver como agora já nem se importam se os outros contratos são para cumprir ou não?
Chamem o 112 (ou 115)
Que é mais ou menos a quantidade de testes que tenho para ver neste fim de semana que alguns dizem prolongado. Cinco turmas, mais recuperações de um vocacional. Uma maravilha, a menos que eu tenha um ataque de procrastinação, que é coisa que às vezes acontece quando mais se espera.
Como seria mais fácil um mundo sem avaliação formal destas com classificações que dão cabo da auto-estima e com tudo a passar sem nos chatearmos com nada destas coisas. Um destes dias ainda me converto a tal fé.
Musicology
Todos temos as nossas décadas formativas em termos de gosto. A minha coincidiu quase por completo com a década ímpar do Prince, de Controversy (1981, ainda sem dinheiro para compras tão alternativas) até ao Diamonds and Pearls (1991, no início dos tempos do cd, quando eu tentava reconstituir o que não tinha em vinil antes do Parade). Álbuns que a esta distância são autênticos best of em sucessão. Depois, enfim, com as mudanças de nome, já não era a mesma novidade, mesmo se restavam coisas esporádicas e as actuações ao vivo.
Acho que em termos musicais, perda semelhante, a nível pessoal, que me perdoem o Bowie ou o Lou Reed, só quando o David Byrne, e talvez o Van Morrison ou o Bono e o The Edge se forem.
Manhã
Ortónimo
Ando pela net e pelas redes sociais (quase no singular) em nome próprio, escusando-me a heterónimos para efeitos nefastos. Mas ainda há quem ache que não é assim e que eu sou outros para poder exorcizar demónios que me envergonhariam em nome próprio. Nada isso, estimo muito as minhas embirrações, comportamentais ou pessoais, para as não assinar. Até porque acho que o Fernando Pessoa vale pelo conteúdo da obra e não necessariamente pelas suas identidades inventadas num tempo em que não existia ainda a net para ocupar o tempo e o feicebuque para criar heterónimos em multiplicidade estonteante. Nos tempos de hoje, o Fernando seria apenas mais um poeta perturbado, com demasiado tempo para preencher e carências por resolver que, acaso a preguiça batesse, acabaria a usar citações do chagas para se sentir aprofundado em natureza humana, no geral, e em afectos amorosos, no particular.