Dormi com os Anjos e Fui para o Céu

Porque juro que vi, com estes olhinhos que a miopia não renega, o Mário Nogueira a garantir nas páginas do Sol (sem link para a entrevista completa) de hoje que tem a certeza de ir voltar a dar aulas

Sol14Mai16(se é durante um ano lectivo, com turma atribuída, na escola pública em que se encontra colocado é que não percebi… mas não interessa nada, pode sempre ser  a orientar doutoramentos honoris causa na lusófona ou no isczé …)

Confirmo

A situação divulgada no ComRegras a partir do testemunho de um director não é única. No caso do meu agrupamento, com 68 turmas em funcionamento, a 80.500 euros por turma, a despesa seria de 5.474.000 de euros em 2015, mas apenas “custámos” ao orçamento de Estado 5.017.344 euros, menos c. 455.000 euros. Ainda é dinheiro.

CAixaReg

“Em Casa”?

Vai-se em busca de um local para marcar férias ou uns dias por fora e encontram-se propostas que afirmam que nos sentiremos como “em casa”.

Não quero.

Então eu saio de casa para me sentir “em casa”?

Que raio de coisa é essa? Se eu quisesse sentir-me “em casa” não ia para outro lado, para mais a pagar bem paga a estadia, sendo que eu já pago o meu crédito à habitação.

Acredito que a ideia é transmitir outra ideia, que não é para ser literal, mas, com franqueza, se eu saio de casa é para me sentir “fora de casa”, ok? Aliás, é para isso que pago, certo? Se querem que me sinta em casa, não apresentem factura no final. Mudem o conceito.

Muit’agradecido!

cat

 

Zandinga

Há 22 dias escrevi isto. Que no fundo é o que ontem se viu no Parlamento a tempo de fazer a primeira página do Expresso de hoje. Tudo isto é demasiado previsível porque os actores são muito limitados nas suas capacidades interpretativas. A margem de erro só é maior quando o assunto é entre ME e escolas/professores porque os bispos ficam de fora,

Exp14Mai16Expresso, 14 de Março de 2016

Evitem

Comentar em murais alheios de redes sociais, em especial se forem de sindicalistas preocupados com os postos de trabalho que podem ser perdidos nas PPP da Educação. Se lhes chamarmos a atenção para o facto de muitos desses lugares terem sido conseguidos à custa do desemprego de professores da rede pública que estão bem à frente na lista ordenada dos concursos, com muito mais anos de serviços, e que raramente vi alguns desses sindicatos denunciarem as práticas laborais abusivas que quase todos conhecemos, somos logo desamigados. E não, não foi ninguém da FNEprof.

smile

Um Caso

Mas há outros. O que nem sempre encontramos com facilidade (embora eu já tenha percebido que estes dados oficiais são fornecidos em regime de privilégio a algumas pessoas) são os números globais de crianças com NEE no ensino público e no público-privado. Ontem ouvi um comentador televisivo dizer que eram, respectivamente, à volta de 3,8% e 1,6% mas não encontro qualquer publicação que o confirme (apenas acho a que contabiliza os totais da rede pública e da rede privada, sem sequer fazer o cálculo do peso relativo).

A história da criança com multideficiência que um colégio privado não quis e a escola pública recebeu

Isto faz-me sempre lembrar aquela história triste, que vivi com um familiar directo, das clínicas privadas de hemodiálise que fazem contratos com o Estado, sempre em belos edifícios, recorrendo a pessoal que vai fazer umas horas depois de estar nos hospitais públicos, mas que não têm quaisquer outras valências pelo que quando um doente tem um qualquer episódio complicado, por exemplo do foro cardíaco, lá tem de vir a ambulância buscá-lo e levá-lo para o hospital público. E o Estado mantém esta situação, com uma rede pública de hemodiálise absurda, continuando a subvencionar uma PPP que só serve mesmo para aquilo e mais nada.

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