Mas há outros. O que nem sempre encontramos com facilidade (embora eu já tenha percebido que estes dados oficiais são fornecidos em regime de privilégio a algumas pessoas) são os números globais de crianças com NEE no ensino público e no público-privado. Ontem ouvi um comentador televisivo dizer que eram, respectivamente, à volta de 3,8% e 1,6% mas não encontro qualquer publicação que o confirme (apenas acho a que contabiliza os totais da rede pública e da rede privada, sem sequer fazer o cálculo do peso relativo).
A história da criança com multideficiência que um colégio privado não quis e a escola pública recebeu
Isto faz-me sempre lembrar aquela história triste, que vivi com um familiar directo, das clínicas privadas de hemodiálise que fazem contratos com o Estado, sempre em belos edifícios, recorrendo a pessoal que vai fazer umas horas depois de estar nos hospitais públicos, mas que não têm quaisquer outras valências pelo que quando um doente tem um qualquer episódio complicado, por exemplo do foro cardíaco, lá tem de vir a ambulância buscá-lo e levá-lo para o hospital público. E o Estado mantém esta situação, com uma rede pública de hemodiálise absurda, continuando a subvencionar uma PPP que só serve mesmo para aquilo e mais nada.
Gostava de saber porque é que os respeitáveis jornalistas não confrontam com este caso e com outros semelhantes os senhores bispos e o senhor Marcelo e os senhores pais-ai-do-meu-filho-que-vai-ser-deportado e o senhor Passos e a senhora Cristas…
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