A quatro horas e meia do desfecho do campeonato gostava de dizer que, apesar de sportinguista a quem a esperança morre apenas no fim (mesmo quando o fim é no Natal), acho que o Benfica tem 99,9% de hipóteses de ganhar o deste ano (o 0,1% é a tal esperança que só morre no fim, mesmo que o fim seja no Natal) e que se isso acontecer a sua equipa e o seu treinador o merecem por completo, sendo um bom exemplo de como de fraquezas se conseguem fazer forças. Acho que assim é deste o jogo que foram ganhar a Alvalade com uma mistura de mérito e sorte, a combinação ideal dos campeões. Desde essa altura que disse aos meus amigos benfiquistas civilizados que poderiam e deveriam encomendar as faixas de campeão. E escrevo-o hoje sem hipocrisia ou cinismo, assumindo que acho que o Rui Vitória é um treinado para o mediano e que a equipa está longe de outras do Benfica, embora o segredo do seu sucesso tenha estado exactamente na consciência disso mesmo.
Quanto ao Sporting, colapsou quando não devia, falhando em todas as competições quando a sua direcção estratégica (treinador, presidente) se concentrou apenas no campeonato e desperdiçou forças fora do campo, quando era dentro dele a equipa mais forte. Dito isto, claro que sou do Nacional deste pequenino, embora também saiba que o Braga estará pelos ajustes para nos fazer a vida fácil, bem me lembrando dos espectaculares jogos anteriores entre os dois Sportings.
Uma coisa é certa, ganhando ou perdendo, não é no futebol que se devem procurar compensações para eventuais frustrações pessoais. Alegra-nos a vitória, mas… a euforia vai tão depressa como vem.

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