A liberdade de escolha estender-se-á à cor da indignação? Ou será obrigatório usar amarelo, assim numa espécie de unicidade à soviética?
Mas, mas, mas, mas, mas, mas, mas… mas, mas, mas… os professores portugueses não são arcaicos, racistas, segregadores, entediantes, eivados de uma cultura de retenção, incapazes de perceber as novas tendências, a precisar de urgente formação (made in católica or isczé, é conforme os mandatos) essas coisas todas?
Na lista dos onze países europeus, as escolas portuguesas surgem em 5.º lugar com a maior percentagem de alunos felizes (25%), ultrapassadas apenas pelas espanholas (35%), as do Luxemburgo (30%) e as suecas.
Seguem-se as escolas da Dinamarca, Irlanda, França, Polónia, Holanda, República Checa e, por último, a Finlândia, onde apenas um em cada dez alunos é feliz na escola.
Mas, mas, mas, mas, mas, mas, mas, mas… mas, mas, mas, mas, mas, mas, mas…. não temos as escolas em crise, a necessitar de um novo paradigma, a precisar de seguir as boas práticas alheias de países como a Finlândia?
Mas, mas, mas, mas, mas, mas, mas, mas, mas…
Lembram-se de quando vos diziam que a concorrência faria baixar os preços do mercado energético? Era naturalmente mentira e eles sabiam-no muito bem. Agora, poderão dar muita explicações, mas a verdade é que aquela conversa toda foi feita por mexias para que os mexias se safassem ao serviço de qualquer patrão, enquanto os mexilhões pagam. Os reguladores são o que são, quantas vezes gente à espera de ser mexia, pelo que voam baixinho e quando ousam algo, tipo álvaro, mandam-nos lá para fora para as ocêdêés e coisas assim, com pactos de silêncio e eles calam-se porque ao fim do mês compensa. Claro que o que era mau era o monopólio do Estado, o peso do Estado na Economia e tudo isso. Como agora falam do peso do Estado na Educação. O processo tem estado em decurso mas… já pensaram quando a Educação for um mercado concorrencial em que os testas de ferro sejam mexias e catrogas? Ou quase tão mau, os vereadores da situação local, em nome da aproximação aos cidadãos?
Tudo isto é demasiado mau e só não é pior, em termos pessoais, porque eu sou daqueles que acha que os “pretos e os ciganos” (eram assim que um comentador do velho Umbigo, gajo curiosamente de esquerda, se referia aos meus alunos) também merecem uma Educação com qualidade e porque exerço naqueles oásis socio-geográficos a que não chegam as PPP educativas porque, afinal, a liberdade de escolha de muita gente é a liberdade de escolher com quem querem que os filhos andem na escola e que sejam todos amarelinhos claros, já agora, com uma ou outra excepção para se parecer multicultural e tolerante.
Estou a misturar tudo?
Olhem que não… olhem que não… os mentirosos são os mesmos. E se não são, são parentes próximos… cuidai nos apelidos, explícitos ou ocultos.
O irs entregue a três dias do fim do prazo? Phosga-se, como aquilo me irrita. Têm tudo validade e certificado, mas obrigam-me a ter de confirmar a casa onde moro todos os anos? E para que colocam vários quadros a necessitar de ser preenchidos com os mesmos valores? Ao preenchermos um não poderia ficar o outro automaticamente preenchido? E aquela de exigir que se coloquem zeros obrigatoriamente onde nada há a preencher? Sim, foi o ano com menos erros na altura da validação, mas foi porque cada vez eu me rendo mais e digo que sim a tudo o que está pré-preenchido e nem se fala mais nisso.