Depois do livro do Peter Hook, fiquei com curiosidade de ler outros lados da questão, até porque estes tipos sabem escrever bem.Muito bem, no caso do Morrissey.
Na próxima vaga, será a vez do cartapácio do Elvis Costello.
Depois do livro do Peter Hook, fiquei com curiosidade de ler outros lados da questão, até porque estes tipos sabem escrever bem.Muito bem, no caso do Morrissey.
Na próxima vaga, será a vez do cartapácio do Elvis Costello.
Ao chegar à altura das avaliações, a tenebrosa rede de professores espalhada pelo país contacta entre si para consultas mútuas e aferir das boas práticas de produção de sucesso e redução do abandono escolar.
As quatro principais conclusões foram as seguintes, em prol de uma maior eficácia de todo o sistema montado:
Embora com algumas reservas – sinceramente, achei que até se deveria banir da rotina a marcação de faltas aos alunos, pelo tempo que rouba a tarefas mais significativas para as aprendizagens e que as grelhas deveriam ter um mínimo de cinco cores para cada nível de desempenho em todos os parâmetros avaliados – subscrevo estas ideias que julgo meritórias e, pela poupança de milhões que poderão significar ao reduzir o insucesso, muito importantes para o desenvolvimento da nossa Educação e preservação das nossas Finanças Públicas.
Um colega contava-me como recebeu o mês passado uma resposta favorável da DGAE em relação a um recurso hierárquico que ele fez em 2013.
Como se deve calcular, tendo a ver com colocações nos concursos manhosos da pseudo-autonomia de contratação, a mais de dois anos e meio de distância a eficácia da resposta é nula. E este caso é um entre muitos outros. Sendo que só recorrendo aos tribunais comuns será possível tentar obter alguma justiça na reparação dos erros administrativos (vamos chamar-lhes assim, para não chamar outra coisa), embora tendo de pagar (advogado, taxas judiciais) bastante para o efeito e não tendo quaisquer garantias da decisão não demorar mais uns anos.
A implosão do ME só serviu para agravar as suas ineficiências ao retirar recursos humanos aos serviços que deveriam regular os desmandos que ocorrem todos os anos a nível local e central. Há gente que se queixe da administração central e do seu funcionamento, não percebendo que isso também afecta muitos dos próprios funcionários do Estado. Sendo que a conflitualidade aumentou com a atomização e desregulação dos concursos de contratação.
O resultado é que a grande aposta do aparelho do ME é vencer pelo esgotamento dos reclamantes e recorrentes ou servindo-lhes soluções ineficazes, porque fora de prazo, quando não decidem dar razão, por comodidade, a quem tem os micro-poderes locais e deles abusa.
O lugar-comum aplica-se… o sistema reforçou a sua claustrofobia labiríntica kafkiana e a sensação mais comum em que se sente injustiçado é a da incapacidade de para inverter as situações em que se vê mergulhado. Mas como agora a despesa é mais importante do que qualquer princípio de justiça célere, nada parece ir mudar a curto prazo, nem sequer os procedimentos mais disparatados e abusivos em vigor.