Dia: 8 de Junho, 2016
Ainda os Contratos
Antes de mais… atenção, malta do Bloco… não vale a pena gastarem dinheiro em cartazes a defender o fim do apoio a algumas PPP na Educação em zonas como a minha onde não há nada disso, onde só há público e privado puros e duros. Guardem lá o dinheiro para coisas mais importantes, porque o assunto é pacífico por estas bandas, não precisam de doutrinar seja quem for.
Adiante.
O ME começa, com sinceridade e hipocrisia, a afirmar que “que “continua, naturalmente, disponível para discutir, de entre aquelas que se encontram previstas na Lei, outras formas de financiamento e parcerias com os estabelecimentos de ensino privado”. Não sei bem o que isto quer dizer a esta altura do campeonato que se dizia já estar encerrado. Sempre é aquilo do pré-escolar ou é qualquer coisa para ver se afastam os amarelos das ruas? Olhem que vem aí o Verão… é tempo de férias e há gente que tem o resort marcado há muito, não vai estar com vontade de manifs.
Entretanto, há quem se meta em assuntos que deveria deixar em outras mãos. Seja a Fenprof a tentar influenciar Marcelo (sorriso…), seja o presidente do CNE a insistir em fazer política de oposição ao Governo (eu sou daqueles que acha que certos cargos implicam algum recato opinativo e não falo apenas dos relacionas com a Presidência), por muito que possa dizer-se que tudo isto é natural. São duas faces de uma moeda que não deveria contar para este peditório.
Mas isto sou eu a falar, que tenho a mania de ter opiniões sobre tudo, quase todos e mais alguma coisa.
Tudo bem, já estou habituado a ser chamado um pouco de tudo o que possa parecer mais ofensivo do que um cartaz da jota laranja, de anti-comunista/sindicalista primário a esquerdista ou cripto-comunista/estalinista impenitente, portanto…
Já agora… aquela notícia do CManhã sobre os eventuais arguidos do caso da investigação a um certo grupo empresarial na área da Educação foi fumo de fogo que vai arder ou já atiraram com os extintores todos em força para cima da coisa?
Penhora Provisória (?!)
Descobri ontem que tinha uma penhora em meu nome que me impedia de vender um carro que comprei há uns anos, em 2ª mão, sendo que a dita penhora (na ordem das dezenas de milhares de euros…) tinha resultado de uma acção entrada em Tribunal em 2011 por iniciativa do serviço de Finanças de um concelho da zona oeste por onde passei ocasionalmente nos últimos anos, pensava que eu pacificamente a caminho de uns dias de férias. Soube disso quando o comprador tentou fazer o registo de propriedade no notário.
Ok, dirão vocelências, e nós com isso? E que tem isso de especial?
Digamos que se eu disser que o carro só passou para o meu nome em Agosto de 2012 e o processo era de 2011 temos apenas uma parte do divertimento. Outra parte é que nunca me chegou qualquer comunicação de tal penhora e decisão judicial, para além de que a Autoridade Aduaneira me garante através de consultas online que toda a minha situação fiscal é regular, não existe qualquer contencioso comigo e não tenho qualquer dívida, coima ou seja o que for em atraso. Mas a parte mesmo mais divertida é que a tal penhora que me impediria de fazer a transacção era “provisória” e que ao fim de um ano tinha ficado “sem efeito” pelo que eu, mesmo sem nunca ter sido informado seja do que for, deveria ter pedido a sua “remoção” numa qualquer Conservatória a partir de 31 de Agosto de 2012 (pouco mais de 3 semanas após ter feito a aquisição do popó).
A parte boa disto tudo? Tendo enviado um mail ao início da noite de ontem à repartição de Finanças que alegadamente me tinha querido penhorar qualquer coisa, não sei porquê, recebi a resposta logo pela manhã de hoje com as informações acima.
Ou seja, só pensei ter entrado na 5ª dimensão por umas 15 horas e fiquei a pensar que isto foi como aqueles casos em que o doente vai ao médico e depois do exames lhe dizem que está com uma doença potencialmente fatal, antes de – algumas horas depois – lhe comunicarem que afinal os exames eram de outra pessoa, já falecida há uns anos.
Cativem-me
Com valores assim, dá para um tipo se sentir europeu. Já agora… terá pingado alguma coisa para quem endeusou o zeinal na imprensa especializada?
Da Pedagogia Sub-Tropical
Este ano até tivemos muita sorte. O Estio a valer tem chegado com vergonha, aos solavancos. Porque dar aulas com temperaturas na casa dos 35º graus sem climatização made in PEscolar, com a janela aberta e o estore (quando há estore) em baixo só com os furinhos é para gente muito à frente. Não é qualquer sá ou sampaio que lá vai por muito que diga e escreva. E não há gaming que aguente a boa e velha transpiração em bica.
E, às vezes, estes pequenos detalhes climáticos têm mais a ver com o (in)sucesso das pedagogias do que parece. A menos que nos lixemos para as formalidades e o pessoal se vá deitar à sombra a observar o movimento da esfera celeste, enquanto introspecta a reflexão.