Fica a perder um pouco em relação à bêdê. Mas não está mal, não senhor. Hoje, episódio 2 quase a começar na Fox.
Dia: 13 de Junho, 2016
A Importância da Condição Docente
Li há pouco “numa rede social” (a expressão que agora se usa na comunicação social sempre que não se quer dizer facebook) o presidente do CNE a lamentar-se por não estar a ser dada a devida importância a esta recomendação do CNE sobre a condição docente.
Vou ser muito claro a este respeito, sendo que critico há muito o CNE por se preocupar com toda a gente menos com os professores e, portantossss, senti que um avo (também poderia dizer “alvo” mas é mesmo “avo”) da crítica-lamento me atingia.
- Concordo com praticamente tudo o que vem nesta recomendação, desde o diagnóstico a boa parte das conclusões e sugestões. É das recomendações com que mais me identifico desde que o CNE é CNE e recomendo mesmo um voto de louvor à conselheira-relatora mesmo se foi a primeira presidente do CCAP, nascido na sequência da terraplanagem da condição docente formalizada pelo ECD aprovado no final de 2006 e que entrou em vigor no início de 2007 com novidades como o professor-titular e aquela deliciosa avaliação do desempenho docente que tão bons serviços prestou à causa da Educação Nacional, em geral, e da Condição Docente, em particular.
- O que lá vem escrito repete o que muita gente escreve (pelo menos) há coisa de uma década sobre este mesmo assunto, em especial a partir do momento em que em torno da referida Maria de Lurdes Rodrigues se ergueu uma muralha para a defender nos seus ataques à condição docente, tendo servido para esse efeito a sua diabolização por associação a uma dada central sindical, cujo poder era necessário quebrar nem que para isso se fizessem milhares de vítimas colaterais.
- Esta recomendação encaixa com muita dificuldade em alguma outra produção do CNE em matéria de relatórios e pareceres, desde logo aquele que considera que a dimensão das turmas é pouco relevante para o desempenho dos alunos, despercebendo que o aumento do número de alunos por professor é um dos factores de maior desgaste profissional quotidiano.
Aprecio em especial estas duas evidências que se podem ler na página 12:
A indispensabilidade de sair de uma lógica de tomada de decisão sustentada na crença de que as medidas a introduzir são a melhor solução, sem antes ter compreendido os problemas sistémicos que a sua aplicação acarreta;.Que as reformas e ou os chamados reajustamentos nas políticas não são apenas veículos para a mudança técnica e estrutural das escolas, mas alteram também o que o docente faz, quem ele é, ou seja a sua identidade profissional e social;
Mais do Mesmo – Agora em Francês
Phosga-se! Outro!!
Se nem tratam como deve ser os professores que já há anos e anos trabalham em alguns países europeus, querem que acreditemos exactamente no quê?
Phosga-se, pá! O outro queria-nos nos PALOP, este quer-nos nas Franças.
Já agora, e os professores de Ciências, de Filosofia, de Educação Visual, de Educação Musical, de Inglês, etc, etc?
Ó indignados de 2011 quando o Pedro disse coisa parecida, onde andais vós agora que o camarada Tó disse praticamente o mesmo
Phosga-se, pázinhos!
Assertiv@
Chama-se agora a diferentes tipos de pessoas, não tendo o termo ajudado a clarificar seja o que for, antes contribuindo para grandes misturas, tanto se chamando assertiva à pessoa casmurra até mais não, que leva a firmeza a patamares de intolerância e quase se nega a debater as suas ideias (mas a quem não ser ofender), como a quem se limita a apresentar claramente o que pensa, debatendo-o sem problemas, sem fazer demasiadas concessões a termos como assertividade.