Existe hoje uma manifestação em Lisboa em defesa da Escola Pública. Partilho o ideal, mas não vou participar. Mesmo que não tivesse assumido compromissos anteriormente para esta data, provavelmente não participaria por motivos que agora não vou desenvolver, excepto num ponto específico: como em outras iniciativas, discordo quando quem participa demoniza quem não faz o mesmo e vai, como já li por diversas vezes nos últimos dias, “nas redes sociais” ofender terceiros, manifestando uma intolerância que não exerce, quando dá jeito, em relação a quem até é capaz de aparecer hoje mas colaborou activamente com o achincalhamento da classe docente anos a fio e não apenas depois de 2011, pois assiste-se a um acelerado branqueamento do que se passou antes. Porque há gente bem “amarela” entre os que agora se apresentam com outros tons. E sem qualquer arrependimento pelo que fizeram. Apenas revelando oportunismo. E eu aprendi há muito que uma coisa é debatermos em democracia com todos, outra aceitá-los ao nosso lado. Mesmo correndo o risco de desagradar aos “puros”.
Apoio a manif. Pela Escola Pública.
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Até apoio o espírito da manifestação (apoio) à escola pública. Só não estou presente porque nitidamente esta manifestação está transformada no apoio ao governo…Governo que continua a tratar o primeiro ciclo e o pré escolar como os parentes pobres do sistema educativo. A maior revolta é que os sindicatos que apoiam a manifestação também não nos defendem .
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Eu também apoio a manifestação, mas desta vez, confesso, não me apeteceu participar. Até porque também me lembro de algumas coisas…
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Entre os primeiros 100 subscritores da petição associada a esta manifestação há muito pára-quedista. Até está lá o tipo que no jornal Sol de 8 de Março de 2008 escreveu:
Pois… e nem é bom falar em outr@s…
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O que objetivamente se pretende com esta manifestação não é outra coisa senão o apoio ao governo . Manifestações de apoio “popular” aos governos em funções ocorrem normalmente em ditaduras e quase sempre são o prenuncio do fim desses governos . Entre os participantes há-os para todos os gostos : desde os cínicos , passando pelos sectários e acabando nos ingénuos bem intencionados .
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É uma manifestação parecida com aquelas que a união Nacional e a Pide organizavam no tempo do Salazar. Desta vez é a Fenprof a apoiar um governo podre. Mário vais cair com eles.
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“Ás vezes é preciso abrir a janela, mesmo que entrem as moscas”. Deng Xiao Ping
Embora esteja demasiado cauterizado para me embrenhar nesta eterna inércia, de muita luta sem um pingo de mudança, teria curiosidade em saber que tipo de ação se deve fazer para destronar os virus que persistem e replicam na fisiologia do poder, porque a opinião cibernética limita-se a cumprir uma função catártica…
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Que tal, de uma vez por todas, assumirmos que o quotidiano diário é o principal palco de resistência activa aos desmandos?
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Como tenho lembrado nestes últimos tempos, a memória parece ser muito curta e, como bem observas, Paulo, parece que nos esquecemos de quem nos brindou com os qualificativos de arruaceiros, zecos e outros mimos… Já para não falar do camarada Nogueira que tem transformado alguns momentos que podiam fazer tremer o regime (como as grandes manifestações dos 120 mil e a greve às avaliações, com o Crato) em acordos pífios, mãos cheias de nada para a classe docente… Pelo menos desta vez ninguém se admirará dos “beijos e abraços” ou de umas fatias de piza em conjunto com o ministro… Aliás, a avaliar pelo comportamento de certa gente, nem sei para que foi a manifestação… parece que está tudo excelente nas nossas escolas, tirando os “amarelos”! Cenas de artistas bem portugueses, como aquele artista albino, da reportagem de sexta-feira, que veio criticar colégios que vivem à custa do subsídio do Estado quando ele, graças ao lambe-botismo a MLR e às suas políticas altamente lesivas da Escola Pública e da dignidade dos seus profissionais, se banqueteava com gordas tranches vindas do OE…
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