Depois de ver o jogo de hoje com a Roménia (e o resumo dos jogos anteriores), acho que mereciam o primeiro lugar no grupo de qualificação para o Euro e serem cabeças de série.
Dia: 19 de Junho, 2016
A Expansão Burrocrática
Participei ontem numa das mesas redondas do Luso 2016, onde era o único elemento do ensino não-superior, e foi interessante constatar como nas Universidades e Centros de Investigação avançam os lamentos perante o tempo que se perde em ralatórios e tarefas administrativas destinadas a requerer, validar, avaliar, justificar, representar os actos praticados, a praticar ou a ver não autorizados. Não pude deixar de fazer um sorriso pouco alegre e dar-lhes as “boas vindas” ao admirável mundo velho dos básicos e secundários, tendo sido suficientemente educado para me esquecer de lhes dizer que deviam ter antecipado, em devido tempo, que seriam os próximos a ser apanhados pela maré.
Quantos?
Vai por aí polémica exacerbada e ofensiva acerca de quantos participantes estiveram ontem em Lisboa em defesa da Escola Pública. Não sei, não estive lá e o que vi em fotos e na televisão dá-me, com base na minha escassa experiência de desfilador e marchante, apenas a certeza de que somos quase todos muito fracos em Aritmética, quanto mais em Matemática.
O que sei? Que quando se começam a ofender pessoas, neste caso a jornalista Clara Viana, por causa de números, alguma coisa está errada, tão errada como ofender quem lá não quis estar, procurando arranjar inimigos externos para encobrir um erro táctico elementar (tentar responder a outras manifestações de grupos de pressão e marcá-la para dia de jogo da selecção, levando-a a perder praticamente qualquer impacto mediático) e um frentismo político que tende mais a cavar trincheiras na sociedade do que a unificar seja o que for.
Até porque, para mim, a questão que falta é a seguinte: quantos dos subscritores iniciais da petição que está associada a esta manifestação apareceram por lá e quantos serão (ou não) atropelados pela mesma malta destemperada que gosta de ofender todos os que não encarneiram com a coreografia de apoio ao governo e ao ME? Por que não vi lá os fagundesduartes, os ricardosrodrigues os porfíriosilvas (afinal, parece que este andou por lá e até falou) e mais uma série de gente (ainda pensei que existisse um mini-concerto folkinlisboa) que dá o nome e o número de cêcê para a lista, mas que só os desmemoriados confundem com defensores convictos da Coisa (nem digo apenas Educação ou Escola) Pública.
A Memória das Lutas
2 de Junho de 2015:
A resposta dada pelos professores foi contra o processo de municipalização e não quanto à forma como o processo de municipalização estava e está a decorrer. E penso que esta distinção irá fazer toda a diferença nos próximos tempos, quando nos surgirem a defender a boa municipalização. No programa de acção da Fenprof para 2016-19, aprovado em 30 de Abril passado no seu 12º congresso, a páginas 19 lê-se que:
Em consulta nacional, por voto secreto, os professores portugueses disseram “não” à municipalização da educação (98% dos votos expressos). Neste contexto,a FENPROF defende a suspensão deste projeto-piloto, alertando para os riscos associados à municipalização da educação: o acentuar de assimetrias entre escolas de diferentes municípios; o descomprometimento do Estado em termos de financiamento e responsabilidades sociais; um maior controlo sobre as escolas; o aumento do clientelismo, do sentimento de insegurança e da desmotivação dos professores.
.Por se tratar de uma reconfiguração do sistema educativo, a FENPROF exige que qualquer processo de transferência de novas responsabilidades para o poder local seja objeto de debate público e negociação com as organizações representativas da comunidade educativa. Um debate que garanta o envolvimento das escolas e dos professores, valorizando as suas posições e os seus contributos. E deve ser enquadrado por uma ideia que reflita os caminhos e as condições para a descentralização administrativa do país.
Futebol
Ver a Copa América tem imensas vantagens. Grandes jogadores, futebol à desfilada em muitos jogos, sem ansiedades patrioteiras e sem horas de antevisões e comentários por treinadores e ex-jogadores bem piores do que aqueles que lá estão.