A Escola Transversal

É a que aí temos de novo, ou que querem que tenhamos, ou que dizem que querem(os), cerca de 25 anos depois da criação da Área-Escola e da teorização contra o ensino “disciplinar” porque estanque e desarticulado. Tem coisas interessantes ao nível das ideias e das práticas mas, infelizmente, tem tendência para se traduzir em formulações barrocas, palavrosas e desnecessariamente complicadas e em legislação remendada a querer fazer bonito mas sem investir devidamente. Há pessoas que aderem a este tipo de modas de forma oportunista e outras que levam o assunto a sério e de forma estruturada. O que me desgosta é que estas últimas não tentem comunicar connosco de forma facilmente compreensível e prefiram a exibição de uma erudição conceptual e linguística que desanima qualquer um. Os excertos abaixo são se uma obra recente (2014) sobre o tema, da autoria de alguém que não conheço mas que me parece levar tudo isto a sério, tão a sério que por enquanto não a irei nomear para não parecer que isto é uma forma de gozo pessoal, quando é apenas a demonstração de como algo simples e até bem intencionado se pode tornar num labirinto.

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A Escola Burrocrática – 5

Vou fechar esta série de textos com uma nota de nostalgia ternurenta que a escola burrocrática consegue ter com as suas práticas labirínticas que combinam o controle digital moderno com os requebros analógicos dos tempos em que passei de aluno a professor ali pelos anos 80. Os detalhes da divisão das quadrículas para registar os diversos tipos de faltas, com cores diferentes faz-me regressar ao meu ano de caloiro como professor com duas direcções de turma e muita pauta assassinada por causa da regra das rasuras.

Já agora, acerca da frase final, é muito mais seguro levar impressões dos registos biográficos digitalizados para fora da escola do que os originais em papel.

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