Mensalidades

A sério, acho pouco relevante. A única especial vantagem de organizar o ano lectivo por semestres seria a de ter apenas dois momentos de burrocracia avaliativa. Mas não me parece que isso se coadune muito com um modelo que queira manter uma avaliação contínua e um contacto mínimo com os encarregados de educação. Penso que avaliações semestrais são muito longas, a menos que pensem fazer intercalares e então acabamos com quatro avaliações em vez de duas. Tudo depende de como se operacionalizam as coisas, os registos que se exigem, etc, etc.

Há muito que acho mais produtiva uma organização do ano que podem manter os três períodos, com pausas intermédias de uma semana no fim de Outubro e no Carnaval, eventualmente reduzindo para dez dias as pausas do Natal e da Páscoa. Isto permitiria aliviar o cansaço e a sobrecarga de trabalho que estraga muito o final do 1º e 2º período, levando muitas vezes a quebras de desempenho dos alunos.

Fosse a avaliação pensada de um modo completamente diferente, verdadeiramente agilizado e com procedimentos simples e com acesso digital fácil, nem seria preciso parar a escola praticamente uma semana para preparar e realizar reuniões de avaliação e comunicar a informação aos encarregados de educação.

Para mim, o importante é renovar procedimentos, o calendário é algo acessório. Se mantivermos a burrocracia em acção, nada de relevante se transformará para melhor.

Calendario

Mediatismos

Já ouvi e li muito boa gente criticar o facto da agenda em matéria de Educação andar a reboque dos imperativos mediáticos. Concordo. Acho muito bem que toda a informação seja transparente e pública, sem que isso signifique andar em busca de primeiras páginas. Elas devem surgir, com naturalidade, da informação divulgada.

Isto vem a propósito de uma micro-polémica acerca das notícias dos últimos dias respeitantes a um estudo a apresentar daqui por uma hora no CNE sobre resultados no ensino público e privado e a que não posso ir para observar in loco a informação a apresentar na sessão.

Confesso que não me interessa discutir o conteúdo das notícias, visto não conhecer o estudo. Interessa-me discutir a estratégia comunicacional de quem promoveu esse mesmo estudo em parceria (CNE e FFMS) e decidiu tratá-lo como se fosse uma espécie de material para a fogueira mediática, divulgando-o a partir de um press release de 3 ou 4 páginas e levando a discutir o que ainda se desconhece para depois haver quem se queixe de comentários apressados.

Vamos a ver se nos entendemos… quem não quer comentários apressados ou com escassez de informação, não fomenta notícias a partir de informação parcelar. E quem quer debater assuntos sérios de uma forma ponderada, divulga a informação de forma directa e transparente, promovendo em seguida o debate.

E sim, que se lixe, isto é uma crítica clara aos procedimentos em especial do CNE que é um organismo oficial, já que a FFMS é uma entidade privada e terá o direito de divulgar aquilo que pagou como bem entender. E para que conste, apesar de (ainda) fazer parte do Conselho de Educação da FFMS, não tive acesso a nada do estudo, nem sequer aos autores, conclusões principais ou mesmo ao press-release. Ou seja, se pudesse ir ao CNE iria praticamente às cegas, debater em plano inclinado algo a que só há pouco ficou disponível no site da FFMS (e sim, já manifestei o  meu desagrado a quem de direito). Sei que os estudos do projecto aQueduto têm seguido este tipo de metodologia; assim como sei que este é mais polémico pelo contexto em que surge, pelo que despertou maior interesse e suscitou reacções mais exacerbadas. Que poderiam ser evitadas. Por quem não se submetesse à lógica do mediatismo.

Phosga-se!

Megafone

Dietas

Chegou o Verão, há que procurar fazer um regime alimentar adequado à estação, para que a linha se mantenha. Apenas frutos do mar e legumes, das lamejinhas à fruta na bebida, passando pela feijoada de gambas com aquela salsa por ali a aromatizar os finalmentes. Nada de fritos ou carnes vermelhas… 🙂 É um trabalho complicado, mas alguém tem de o fazer. E eu detesto obrigar outras pessoas a sofrer… sacrifico-me pelo bem estar alheio…