A santa aliança (ME, CNE, alguns directores, especialistas e opinadores progressistas) está de acordo. O melhor é passar a malta toda desde que apareça uma semana ou duas na escola, com ou sem aproveitamento, esse conceito difuso. Ainda bem que são os pais a achar tudo isto muito estranho e não os professores, esses retentores.
Eh pá, numa escola progressista, os alunos têm mesmo é que progredir… 🙂
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Não há professor que me consiga explicar porque razão na escola do meu filho, nas duas turmas de 5º ano da manhã, se retiveram 8 alunos numa, 6 na do lado (chegando a chumbar um aluno com apenas 2 negas a pt e mat), e nas outras duas turmas, da tarde, com outro grupo docente e os mesmos cinquenta e tal alunos que vinham da mesma primária se reteve apenas 2 alunos. Rigor, é esse o nome que lhe querem dar? A realidade é que a retenção continua a ser uma forma de exclusão. Os mais problemáticos, estrangeiros ou NEE’s são colocados a um canto com as mais diversas desculpas e à mercê de quem “tem a faca e o queijo na mão”. Que futuro terão estes miúdos, muitos deles com vidas familiares terríveis e que tinham na escola e na turma de origem o seu suporte emocional, e o que ganharão eles com esta retenção? A escola não se questiona sobre o seu papel e sobre o que faz um miúdo envolver-se ou não? Se continuarem a olhar para as aulas como o espaço onde vão debitar matéria haverá cada vez mais um desfasamento entre a realidade das crianças e a escola. O sucesso são se mede só em notas, mas no envolvimento entre todos, professores, alunos e pais. Quanto aos pais acharem estranho, gostava de saber quantas APEE’s na realidade a CONFAP representa e quando é que lhes perguntou opinião sobre os mais diversos assuntos, dos quais não se inibe de dar opinião, falando por todos.
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