Que o anátema lançado sobre as grelhas não se fique pelo pré-escolar e se estenda a outros ciclos de ensino onde se tornou uma obsessão para todos aqueles que, por convicção ou receio, registam e grelham tudo antes de dar um passo. Porque vejo colegas tornarem-se fanáticos do excel e da percentagem à centésima, com receio de recursos e pressões diversas.
A avaliação “não pode ser feita em função da grelha”, explicitou João Costa. E, porque “o pré-escolar é um dos principais predictores do sucesso escolar no 1º ciclo”, o governante revelou que o ministério está “com as mãos na massa”.
Claro que a conversa em torno da avaliação como “processo reflexivo” já a ouvimos há muito e sabemos no que acaba por desaguar… se não há sucesso é porque o professor não sou fazer o seu trabalho e, para o provar o que faz, deve produzir documentação, registos e grelhas.
Existisse a coragem de levar esta lógica até aos seus limites naturais e eu aplaudiria sem reservas. Assim, apenas posso aplaudir que o trabalho das minhas colegas educadoras e colegas educadores não seja massacrado como o dos professores dos outros ciclos de escolaridade.