Com quem? Agora é contra as rupturas. Decoro, falta-lhe.
Dia: 3 de Setembro, 2016
Esperançoso
O César Israel Paulo acredita que o actual governo revela uma “abertura diferente” em relação à colocação de professores. Se é verdade que o fim da BCE foi um bem em si mesmo, fica muito por fazer em relação à correcta gestão dos recursos humanos nas escolas. Há procedimentos que não podem continuar a seguir a lógica do tiopatinhas (por exemplo, abrirem-se vagas apenas a 1 de Setembro de professores com atestados de longa duração, em vez de se contemplar logo o seu preenchimento) ou a insistir em pedir mais (trabalho) com menos (meios), o que conduz a um esgotamento pessoal e profissional mais grave do que o simples envelhecimento etário.
O César está esperançoso. Ainda bem, isso anima-me. Nestas matérias, ele sabe mais do que eu, porque anda pelos meandros, enquanto eu apenas observo. Já se pode dedicar a 100% à ANPC. Espero que ganhe as suas lutas e possa dedicar-se (de novo) a 100% aos alunos. Que nunca se habitue ao remanso das mesas negociais, como tantos outros.
É da Aproximação e da Autonomia
Dá em sacos azulados. Ou de outras cores, conforme.
Estudam a regulamentação? Mas o que há exactamente para estudar? Qual a margem de lucro para os “empregadores autárquicos”? A lei é dos ditosos tempos da agora santa (para muitos) MLR? E depois?
Não seria mais simples existir uma tabela clara para as remunerações, em vez do ad hoc e à hora?
Leituras
Não é por falta de conhecer o que dizem e escrevem que eu discordo da prática de alguns especialistas quando entram na órbita do poder. Este livrinho é uma espécie de condensação de algumas ideias dos últimos 25 anos em matéria de organização pedagógica da escola de uma forma alternativa.
(Fundação Manuel Leão, 2016)
Concordo, há muito, com ideias como a das Equipas Educativas de João Formosinho e Joaquim Machado (ler aqui, aqui e aqui, por exemplo). Só que para as colocar em prática, mais do que mudar as mentalidades dos professores, seria indispensável mudar a forma de organizar a gestão da escola a partir do topo, abandonando o monolitismo do modelo actual e, já agora, a obsessão com a contabilidade ao minuto dos horários dos professores, em nome de uma pretensa eficácia financeira.