Pela manhã, na RTP3, o Rodrigo Queirós e Melo teve direito ao seu tempo de antena em defesa da bondade dos contratos de associação, terminando a dizer que eles são a forma de pobres e ricos terem direito à mesma educação de qualidade.
Isto é de uma demagogia e um despudor imenso que ainda se agrava mais quando me lembro que ele foi chefe do gabinete no ME antes de..
Vamos lá por partes curtas:
Os ricos, mesmo ricos, não precisam de contratos de associação para irem para os colégios de sua estimação, confissão ou condição.
Os pobres, mesmo pobres, só com muita água benta (em determinados colégios) e como excepção (em outros, mais laicos) para confirmar a regra é que têm possibilidade de aceder a muitos desses colégios com contratos.
O que significa que os contratos de associação servem para aliviar a contabilidade de alguma classe média em bicos de pés e pretensões a algo, quantas vezes com dinheiro novo, que não se querem misturar com a gentalha que anda no ensino público. Portanto, não entremos pela demagogia de afirmar que se andam a defender os pobrezinhos. Se quiserem desconfirmar-me este preconceito, façam lá o favor de divulgar nos rankings os dados todos que são exigidos às escolas públicas.
Quanto à “cólidade”, muito haveria a debater, desde logo a presunção e de novo água benta das afirmações queirozizianas que, na essência, têm a legitimidade de qualquer profissão de fé interessada de um qualquer lobby do mercado da Educação que lhe sente fugir as conexões certas na circunstância presente.
Um Queirós mauzão … agora um Queirós manso …
😉
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