Era ano de presidenciais. Freitas do Amaral congregava a Direita e assustava toda a Esquerda, dividida entre Soares, Zenha e Pintasilgo. Eu era aluno do 3º ano de História na Nova e tinha como professora de História Económica e Social, Maria de Fátima Bonifácio de crachá ZAP ao peito, verbo tão feroz quanto ortodoxo. Soares era o alvo principal dos apoiantes de Zenha e na segunda volta dos de Freitas do Amaral. Quando agora vejo este último praticamente encostado ao PS nas suas posições e MFBonifácio a escrever textos para lá de liberais a ser partilhados de forma entusiasmada pelos que outrora votaram Freitas, sinto como que uma imensa vertigem, como se o mundo tivesse mudado muito. E mudou, mas não tanto. E interrogo-me sobre até que idade as pessoas são adolescentes no seu pensamento a ponto de assim se justificarem quando dão as piruetas que dão. Todos temos direito a mudar de crenças e fés, mas deveria existir um nível mínimo de… sei lá… consistência?
O título do filme é:
Os vendidos sem convicções cata-ventos.
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Tal e qual !
Já me ri . Velhos tempos . Gostei de recordar e comparar com os actuais.
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Difícil, difícil, é encontrar um ultraliberal português que não seja funcionário público.
Já a Bonifácio parece-me um caso patológico, mas não conheço o suficiente da personagem para ajuizar.
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