Felicidade na Escola

As estatísticas valem o que valem, mas por vezes as diferenças são tão grandes que fazem pensar acerca do que queremos como “escolas do futuro” e nos deixamos enganar pelo brilho das lantejoulas e pelos sorrisos para as fotografias de exportação. Não deixa de ser significativo que dois dos países mais destacados à esquerda e à direita como exemplos a seguir por Portugal sejam dos que têm alunos mais infelizes nas escolas. Sim, isso inclui a Finlândia que tantos dizem ser o paraíso educacional na Terra.

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Vida Dura

Não tanto a de aturar a miudagem, mas mais os adultos, aqueles divididos entre o rigor das tabelas em excel mail’as regressões e projecções em SPSS e a parlapatice verborreica do grande arco do eduquês a transbordar de boas intenções, que vai de ex-governantes de Direita na área do CDS ao bloquismo pedagógico peganhento.

Sim, não precisam de me chamar a atenção para a minha adjectivação estereotipada e simplista. É mesmo de propósito. Porque a derrota é quase garantida perante estes extremos que se tocam de forma sublime na teorização do sucesso a qualquer preço, desde que seja barato de tanto verdascado.

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Desdogmatizemos!

A Educação é mais do que investigação e formulações conclusivas sobre variados assuntos; e também mais que mera preparação formatada de crianças e/ou adultos para se enquadrarem como “melhores” cidadãos, “melhores” técnicos e “melhores” empresários. Podemos então considerar a Educação como não esgotada neste ângulo pré-formatado. Devemos velar por uma maior amplitude de objectivos, possibilitando um mais enriquecedor sentido humanístico e existencial para a Vida. Munido de uma maior capacidade crítica desdogmatizada, o indivíduo participará mais activamente nos processos social, cultural, produtivo, etc. Daqui o considerarmos ser muito importante a inclusão, ou seja, um status em que ninguém fique para trás em oportunidades valorativas, ao invés do que frequentemente tem vindo a acontecer até ao presente.

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Eles “estarem” de volta…