Educação Sexual

Nestas matérias sou muito liberal, no sentido primeiro do termo. Deve ser facultada nas escolas, mas de frequência voluntária, um pouco como a Educação Moral e Religiosa. Para quem defende a transversalidade da coisa, eu proporia que essas coisas muito transversais fossem todas opcionais e que funcionassem em modelo de oficina ou atelier ou equivalente, num sistema de créditos, em que os alunos teriam de conseguir um determinado número deles durante o ciclo de escolaridade.

Duas questões que gostaria de acrescentar:

Compreendo quem prefere que essas matérias sejam abordadas em ambiente privado e familiar. Desde que não seja para manter a crença na história das cegonhas até à noite de núpcias. Até porque é inútil, pois no pátio das escolas fala-se de tudo e mais alguma coisa e a net tem tudo ao dispor e mais vale aprenderem de forma devidamente  enquadrada ou ainda acontece mais depressa o que se diz querer evitar. Mas discordo de qualquer obrigatoriedade curricular nestas matérias.

Tenho muito receio na forma de recrutamento do pessoal para tratar destes temas, pois há gente que apesar das décadas ainda precisa de aprender antes de ensinar. E não falo de aspectos técnicos ou fisiológicos, mas de preparação mental para um assunto que não pode ser distribuído, para poupar, a quem tenha “horário-zero”.

kardash

Banco CTT

Porque iria eu entregar dinheiro à guarda de quem não consegue – conforme função primeira – fazer-me chegar a correspondência postal em condições, perdendo parte das encomendas pelo caminho (mas afirmando ter sido entregue, contra assinaturas ilegíveis ou nem isso) ou entregando as cartas uma ou, no máximo, duas vezes por semana? E disto absolvo em boa parte os carteiros, a quem é dada uma motoreta quase sem espaço para fazerem a distribuição do correio (e sem eu saber que combustível podem usar), pelo que optam por deixar avisos e fazer-nos ir levantar quase tudo aos postos?

Já me chegou andar a fugir à banca empreendedora nacional na última década…

Ahhh…. esquecia-me, são os ganhos imensos da privatização dos serviços. Ou se paga mais (registos, correio colorido, etc) ou é um tiro no escuro esperar que as coisas cheguem (e nem me falem das assinaturas de revista que fui tendo de anular ao longo dos últimos anos).

Haddock