Li “numa rede social”, no mural do Vítor M. Teodoro, a seguinte reacção do Rodrigo Queirozeze e Melo ao que escrevi aqui ontem sobre a opacidade dos dados do ensino privado. Diz ele:
Caros, que tal perguntar antes de insultar? Era mais sério. mas dá trabalho e a verdade pode não interessar. Aqui vai mais uma vez: o privado dá ao ministério anualmente todos os dados que o ministério exige. Os contratos de associação dão os dados iguais ao público estatal. Mas como isto não dá jeito, todos os anos o argumento volta (e são sempre os mesmos). Este ano houve um indicador oficial… Mas o privado afinal também parece que ensina bem neste. O tema do artigo era mesmo esta situação: enquanto gente com responsabilidade estiver mais preocupada a atacar quem pensa diferente do que em garantir que TODOS APRENDEM é garantido que os filhos dos pobres nunca terão acesso a educação de qualidade. Claro está que os filhotes estão sacos [sic] – no privado ou no estatal chique. Esta gente acredita mesmo que filho de pobre não aprende. Lamento.
Ora bem… “esta gente”, por acaso, tenta dar um ensino de qualidade a todos, incluindo os mais pobres, só que nem sempre se consegue que os meios estiquem para fora das capelinhas. “Esta gente” não tem filhos no ensino privado ou estatal chique, até porque acredita no que diz, ao contrário do RQM que diz muita coisa em que talvez não acredite mesmo (pelo menos, foi a ideia que me ficou de algumas conversas que tivemos). Pensará ele que todos somos como aqueles que conhece mais de perto? Certamente não será tão ingénuo.
Mais o mais importante é que “esta gente” tem tendência a falar verdade e o que escrevi foi que as escolas do topo dos rankings não fornece os dados de contexto que as escolas públicas são obrigadas a fornecer. O RQM tenta meter as de contrato de associação pelo meio (que não estão no topo, que são apenas uma minoria do ensino privado) para nos tentar baralhar, mas há quem não vá nisso.
Repare-se no quadro disponível na mesma “rede social”, neste caso no mural do Nuno Oliveira:
Mantenho o que escrevi… escolas privadas que não facultem todos os dados que as públicas disponibilizam, deveriam ser excluídas dos rankings oficiais. “Esta gente”, ao contrário de outros, para sobreviver não precisa de lançar fumaça sobre os assuntos.
Percebeste, Rodrigo? Se não percebeste, lamento. Apesar de toda a tua esmerada educação, parece que a minha escola pública (de fundo de ranking) ensina melhor a respeitar os factos. Alguém diria a verdade, mas eu não ouso, apenas acho que te baralhas. Com frequência. Como gostei imenso da forma como, assim meio a despropósito, metes a família dos outros ao barulho, numa discussão destas. Sabes… mesmo vindo de uma escola da base dos rankings, com pais apenas com a 4ª classe, aprendi que esse tipo de atitude é que é de uma má educação a toda a prova. Lamento. Embora não estranhe. O desnível.
Toma a embrulha, RQM!
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Embrulha duas vezes!
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A malta da “competição” apenas promove o vale-tudo. Agora, além dos pais, também as escolas devem contribuir para transformar os alunos em “cavalos de corrida”, já só faltam as medalhas.
Fazer de conta que as condições sociais, culturais e familiares são iguais é risível.
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RQM – Reeling Quasimodo Munchkin
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Já agora: se o post dp Sr. RQM estivesse escrito em Português. “essa gente” talvez entendesse.
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Emendo: “Já agora, se o post do Sr. RQM estivesse escrito em Português, “essa gente” talvez entendess”. É caso para dizer: na melhor nódoa, cai o pano (em homenagem à “Curnocópia”).
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Fosca-se, faltou um e!
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