Mesmo se não foram produzidos ou editados em 2016, estes foram os dois livros que mais me impressionaram, em termos de ficção, durante um ano em que voltei fortemente a dois géneros bem mais escapistas como o policial e a ficção científica.
Não sei se por coincidência, ambos abordam a vida em comunidades rurais fechadas que, subitamente, são obrigadas a lidar com a mudança e com elementos estranhos. Num caso, durante o movimento dos enclosures em Inglaterra e no outro no pós-segunda guerra mundial, numa zona montanhosa algo indeterminada entre a Alemanha e a França (provavelmente a Lorena), temos narradores envolvidos em acontecimentos profundamente perturbadores, pela sua crueldade, quando o equilíbrio de uma micro-sociedade tradicional é colocado em causa e a irracionalidade irrompe, em virtude do medo do desconhecido, corporizado em alguém pouco convencional para a sua visão do mundo.
São dois casos em que a nomeação para prémios importantes foi mais do que justificada. Mas nenhum deles é de leitura para sensibilidades muito delicadas.
Concordo com uma escolha ( Colheita), relativamente à outra, vou averiguar.
Bom ano!
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Paulo, se ainda não leu, aconselho vivamente um autor chinês, Liu Ci Xin ( leia-se : Liu Tsse Chin), que está traduzido em inglês.
The Three-Body Problem, vencedor do Hugo em 2015 é o primeiro volume de uma trilogia, seguido por The Dark Forest e Death’s End.
É do melhor que tenho lido nas últimas décadas.
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Já me recomendaram, mas ainda não tive oportunidade… tenho de investigar. leia-se, comprar.
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