Acho estranho que as regras dos concursos para colocação de professores (seja para entrada nos quadros ou contratação) mudem quase todos os anos. Parece que em nome da estabilidade. Mesmo nas negociações, o rumo parece mudar de dia para dia. Ora podem concorrer os do privado, ora não, ora sim de novo, em igualdade de circunstâncias. Ora são tantos anos de serviço, ora são outros. Ora são no mesmo grupo disciplinar, ora não são. Completos, incompletos, assim-assim. Não há maneira de estabilizarmos um modelo coerente, sem coisas extraordinárias que, pela sua natureza, acabam sempre por ser imprevisíveis. A expectativa de muita gente perante a possibilidade de uma vaga é cruel. Claro que só pode existir desacordo público quando se reclamam 30.000 entradas em Novembro, 20.000 em Dezembro e se recebem 3.000 em troca em Janeiro. Mais perto fiquei eu que previ 2.000 ou pouco mais e ainda acho que falharei por menos. Parece que “negociação” continua a ser apenas uma forma de ir atirando barro à parede, esperando que alguma coisa cole e os salpicos tapem os olhos aos do costume.

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