Concursos

Acho estranho que as regras dos concursos para colocação de professores (seja para entrada nos quadros ou contratação) mudem quase todos os anos. Parece que em nome da estabilidade. Mesmo nas negociações, o rumo parece mudar de dia para dia. Ora podem concorrer os do privado, ora não, ora sim de novo, em igualdade de circunstâncias. Ora são tantos anos de serviço, ora são outros. Ora são no mesmo grupo disciplinar, ora não são. Completos, incompletos, assim-assim. Não há maneira de estabilizarmos um modelo coerente, sem coisas extraordinárias que, pela sua natureza, acabam sempre por ser imprevisíveis. A expectativa de muita gente perante a possibilidade de uma vaga é cruel. Claro que só pode existir desacordo público quando se reclamam 30.000 entradas em Novembro, 20.000 em Dezembro e se recebem 3.000 em troca em Janeiro. Mais perto fiquei eu que previ 2.000 ou pouco mais e ainda acho que falharei por menos. Parece que “negociação” continua a ser apenas uma forma de ir atirando barro à parede, esperando que alguma coisa cole e os salpicos tapem os olhos aos do costume.

ballet

3 opiniões sobre “Concursos

  1. Seria de todo interessante verificar se as regras dos concursos dos médicos, dos GNR,..e de outras áreas profissionais inerentes ao estado também sofrem alterações tão frequentes, consubstanciado situações bastante constrangedoras para quem concorre em anos sucessivos, as quais obrigam a refazer toda uma vida pessoal e familiar ano após ano.
    Também seria de todo interessante saber quais as razões que levam a alterações (desconsiderando as razões dos sindicatos…)

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  2. Uma lástima a todos os níveis. Mostra bem a forma como as pessoas se tratam umas às outras. Começaram por propor uma vinculação extraordinária centrando as propostas nas pessoas (quem tinha 20 anos de tempo de serviço, depois quem tinha 12 anos, depois quem tinha 12 anos e horário completos) e acabaram com algo completamentamente diferente centrado em vagas apuradas adoc (assim do pé para a mão) que não chegam para todos os que tiverem os tais 12 anos de serviço. Pior, agora as tais vagas já são cobiçadas para o QA/ QE e QZP que querem “aproximar” ou apenas mudar. Tantas listas, tantos interesses, tanta divisão. Dividiu-se para reinar e criou-se a confusão. Nps últimos dias assisti à multiplicação de comportamentos antropofágicos, à manipulação da realidade, à chantagem emocional e à calúnia.
    No fim da cadeia alimentar mais uma vez os contratados foram lixados. Agravante: o ME e os sindicatos convidados para mesa negocial criaram expetactivas e depois deram o dito pelo não dito. Das primeiras propostas já nada resta que se aproveite. Houve quem vinculou por 13 dias ou menos. E isto foi de uma crueldade sem tamanho!

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