Em tempos perderia muito tempo a explicar a diferença entre eugenia e eutanásia, atendendo à confusão (voluntária?) que se vai fazendo por aí para dramatizar o debate sobre a morte medicamente assistida (que existe já, com tantos mantos a fingir que não, sendo que quem conhece de perto a realidade dos hospitais só pode sorrir perante a hipocrisia). Mesmo se tudo pode remontar a conceitos gregos, os críticos da eutanásia decidiram focar-se na nazificação da questão, querendo estabelecer paralelismos entre quem defenda a eutanásia e o regime nazi. Parecem não perceber que a massificação e industrialização da morte que o regime nazi praticou, assim como as práticas eugénicas (de apuramento da raça, através da união entre os “bons espécimes” e a esterilização dos defeituosos), pouco têm a ver com tudo isto. Mas… podemos sempre ir ligeiramente além da superfície e dizer que, assim sendo, se calhar os defensores da eutanásia (na versão que se pretende confundir com eugenia) são apenas filhos do maior lutador contra Hitler, de seu nome Winston Churchill. O autor do artigo de que extraio o excerto seguinte é o historiador Martin Gilbert, não um qualquer articulista do esquerda.net.
Há entre nós que faça lembrar Glen Beck e aqueles tipos que na Fox News não passavam uma hora sem chamar nazi ou socialista ao Obama por causa do seu “Obamacare” e de outras medidas na área da Saúde.
A contaminação do debate pelo argumento “ad hitlerum” é muito bem desmontada, nem de propósito, pelo muito judeu Jon Stewart.