This is what we find
This is what we find
This is what we find
The hope that springs eternal
Springs right up your behind
This is what we find
This is what we find
This is what we find
This is what we find
This is what we find
É o maior inimigo do discernimento. Da lucidez. Da capacidade de decidir de forma rápida, justa, ponderada.
Os imbecis que têm governado a nossa Educação (de forma directa ou com fios) parece que discordam ou então pensam que o quotidiano alheio é igual ao seu, de condutor ao peito e secretária prestimosa sempre à distância de um toque.
Mas lá que têm poupado tostões, não há dúvidas… sempre podem sair do país aos 10 mil milhões para offshores e o berbigão que as pague.
Pareço repetitivo? Há boas razões para isso, porque eles não deslargam.
A peça do Observador é muito completa acerca das desavenças do blogue Câmara Corporativa (e seus afins, como o Simplex) com o pessoal do PSD e CDS, mas deixa de fora muito do que se passou com quem não era notável ou desses quadrantes. Já disse que não serei dos mais atingidos, mas teria sido interessante ver-se o que foi escrito em 2008-2009 em defesa da política de Educação de Sócrates/Maria de Lurdes Rodrigues e contra os professores, em geral, porque terá sido nessa altura que se percebeu bastante bem como havia informação privilegiada a circular por aquelas paragens.
Mas, mais importante do que isso, é de destacar que há ainda por aí muita gente que na altura teve conhecimento directo (ou no mínimo, indirecto) do trabalho sujo que era feito e nem por isso deixou de manter-se na ribalta política (há, no mínimo, um actual ministro que dificilmente não estaria por dentro do que se passava), apareça a dar bitaites sobre a vida política (ocorre-me o caso emblemático do “avô cantigas” que ainda há dias deu uma entrevista a lamentar-se dos alunos universitários) ou ainda se afirme “jornalista”, como a favorita do engenheiro, que ainda é capaz de se armar em paladina do grande jornalismo e vítima de cabalas imensas, quando se afirma que estava bem a par de quem fazia aquilo.
Não é coincidência que o seu abrigo natural (e de outros) seja agora o veículo privilegiado da Situação para divulgar as suas iniciativas.
Vergonha? Nenhuma.
Arrependimento? menos que zero, pois fariam novamente o mesmo, se é que não o fazem de outra forma menos pública.
Mário Nogueira conseguiu escrever 194 palavras (incluindo título, de acordo com o word) sobre a questão da municipalização da Educação no Correio da Manhã, sendo que a mim parecem não passar de fumaça para cumprir calendário; na sua breve prosa, só no segundo parágrafo diz alguma coisa de essencial, sendo que o quarto não passa de um frete típico da pós-verdade (este projecto é praticamente igual ao que foi efectivamente contratualizado pelo governo anterior nas experiências-piloto).
Mário Nogueira ameaça de forma velada com uma mobilização tardia dos docentes que, a haver, será dos primeiros a querer domesticar quando receber as devidas ordens da hierarquia da geringonça. Até porque a coisa era há muito sabida, foi aprovada de forma ordeira e o grande lutador só se chega à frente para não dizer que ficou completamente calado.
O poder da Educação é uma miragem e o poder na Educação já mudou. Mário Nogueira passou a fazer parte do establishment negocial responsável. Não ameace com aquilo em que não acredita. Exemplar mesmo seria voltar a dar aulas e mobilizar os colegas a partir da partilha do seu quotidiano. O resto é conversa de gajo de gabinete que ainda se arrisca a acabar em presidente de Assembleia Municipal ou vereador como outros.