Espero ficar pela tetralogia, mas já dei mais umas voltas às estantes e há por ali enxames de coisas boas. Hoje, concentremo-nos na questão do currículo e da planificação e desenvolvimento curricular de que, entre nós, conheço apenas uma Bíblia, verdadeira, única e, por acaso, bastante interessante porque o texto é claro, bem organizado e conciso onde muita gente tende a perder-se.

(Lisboa: Texto Editora, 1990 na edição original, 1998 para esta)
Ao contrário do que se possa pensar, não destaco apenas obras que me entediaram de morte pela verborreia de qualidade duvidosa e conceptualização mais do que torcida, mas também livros úteis, que li em devido tempo, que percebi e que acho estranho que outros ou não tenham lido, ou não tenham percebido ou queiram fazer-nos crer que não lemos ou percebemos.
O currículo não é uma Ciência Pura, mas é algo que tem fundamentos e princípios que uma pessoa de bom senso compreende, em especial se as diferentes perspectivas forem apresentadas como alternativas e não necessariamente como uma hierarquia entre Virtude e Pecado.


Nada disto foi verdadeiramente ultrapassado. Muito importante é perceber-se que podem existir diferentes critérios para organizar o currículo, quer ao nível da sua estrutura, quer dos objectivos e dos conteúdos. O problema é quando nos querem fazer acreditar que não são possibilidades em paralelo, mas modelos com uma hierarquia de valor.

O modelo baseado em disciplinas pode ter diversas variantes menos convencionais, assim como o modelo “transdisciplinar” é um entre vários, com eventuais qualidades mas também com diversas limitações óbvias.
Tudo isto foi teorizado e explicado há décadas. Não se percebe bem porque, tendo quase toda a gente feito a sua profissionalização em cima destas cartilhas, exista quem pareça achar que isto é “inovador”. Não, é apenas revisão da matéria dada…
Não nos façam perder (mais uma vez) tempo com “formações” da treta sobre isto…



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