Não!

Não vou a correr para que me dêem manuais “para analisar”. Tenho mais do que fazer do que ir aturar conversa fiada para contornar a imbecilidade do ME. O curioso é que há muita gente que parece encarar isto com naturalidade e nem se incomode pelo que a lei seca da tutela significa em relação ao que pensa de nós. Que diabos, isto não vai dar tudo ou mesmo ou a ainda pior?

Para-Legalidade

Há zonas de actividade “económica” que, embora com enquadramento legal, beneficiam de um estatuto de excepção na sua acção concreta, extrapolando dos seus poderes e servindo de braço armado para intimidar quem não alinha em “serviços” mais do que duvidosos e recusa abusos completamente ilegais encobertos com palavreado de vão de escada, no pior dos sentidos, mais não sendo do que uma forma de bullying. Poderia falar em algumas empresas de gestão de condomínios, mas ainda alguém me lê e ainda é um cabo dos trabalhos ainda pior.

fire

Tem a sua Graça (ou Não!)

Observar pessoal de fora a fazer de professor@ por um par de horas. Tive hoje a possibilidade de assistir a duas sessões de uma pessoa de uma fundação que arranja umas actividades educativas para justificar a aplicação das verbas fundacionais. No início da segunda sessão com menos de 45 minutos já se baralhava, queixava do cansaço e procurava dominar pequenos focos de conversa entre os alunos (entre os 40 e 50 de 5º ano num auditório, eu sei que custa… já passei por muitas escolas com bem mais gente e mais crescida) com a utilização da voz ao nível dos momentos em que eu já vou com 5 ou 6 aulas bem mais agitadas e de ameaças que não faria mais nada se as coisas continuassem assim. Melhor ainda… a apresentação (multimédia, claro, é benchmarking destas coisas) seguiu sempre, na segunda volta com o olho permanentemente nas horas, sem a menor interrupção ou abertura para os dedos colocados no ar (como solicitara) para a miudagem apresentar questões.

Achei curiosa esta maneira de estar, tão precoce irritação no dia (se pouco depois das 10.30 estava assim, nem quero ver pelo meio dia ou da parte da tarde) e a forma como esclarecimentos só no final e havendo tempo. O tema era interessante… merecia melhor, pelo menos ao nível da paciência para com a petizada. Mas, se calhar, assim é que é inovador e certamente interdisciplinar, e o mais certo é a senhora formadora fazer parte dos que acham que os professores é que não sabem fazer as coisas. Desse eu uma aula assim logo pela matina e estaria tramado.

Gororoba

Ups – 2

Pois.. não há como desmentir o indesmentível e confirmável por variadíssimas fontes. Até a pós-verdade tem os seus limites. As travagens vieram do topo para a base (nesse caso respeitando a lógica das decisões no sector da Educação mas, por uma vez, no bom sentido), no sentido de as coisas se fazerem com um pouco mais de preparação e bom senso. É tempo de cada governante passageiro não se armar em apressado grande guru educativo, como se todos os outros fossem ineptos ou mentecaptos.

Mesmo que a razão esteja longe de ser a melhor – receio de efeitos eleitorais nas autárquicas – mais vale parar e pensar do que ir entusiasticamente em direcção a mais uma coisa qualquer.

Agora uma sugestão: quem se oferecer para projecto-piloto é capaz de ter as suas recompensas…

Costa garantiu a Marcelo que mudanças no currículo não são para já

O Presidente da República já disse publicamente que “as estruturas curriculares não podem mudar de cada vez que muda o Governo”.

Bigorna