Observar pessoal de fora a fazer de professor@ por um par de horas. Tive hoje a possibilidade de assistir a duas sessões de uma pessoa de uma fundação que arranja umas actividades educativas para justificar a aplicação das verbas fundacionais. No início da segunda sessão com menos de 45 minutos já se baralhava, queixava do cansaço e procurava dominar pequenos focos de conversa entre os alunos (entre os 40 e 50 de 5º ano num auditório, eu sei que custa… já passei por muitas escolas com bem mais gente e mais crescida) com a utilização da voz ao nível dos momentos em que eu já vou com 5 ou 6 aulas bem mais agitadas e de ameaças que não faria mais nada se as coisas continuassem assim. Melhor ainda… a apresentação (multimédia, claro, é benchmarking destas coisas) seguiu sempre, na segunda volta com o olho permanentemente nas horas, sem a menor interrupção ou abertura para os dedos colocados no ar (como solicitara) para a miudagem apresentar questões.
Achei curiosa esta maneira de estar, tão precoce irritação no dia (se pouco depois das 10.30 estava assim, nem quero ver pelo meio dia ou da parte da tarde) e a forma como esclarecimentos só no final e havendo tempo. O tema era interessante… merecia melhor, pelo menos ao nível da paciência para com a petizada. Mas, se calhar, assim é que é inovador e certamente interdisciplinar, e o mais certo é a senhora formadora fazer parte dos que acham que os professores é que não sabem fazer as coisas. Desse eu uma aula assim logo pela matina e estaria tramado.

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