Pelo hábil plano B da equipa do ME, a começar pelo SE João Costa, em relação à “flexibilização curricular” e pela capacidade de reagir às adversidades e tentar ocultar os problemas com a apresentação de uma versão completamente alternativa (e melhor, confesso) do que foi sendo anunciado, de forma mais oficiosa e a ver no que dá, nos últimos meses.
Recapitulemos brevemente o que se anunciava (para desdizer ou garantir que nunca fora dito quando apareciam obstáculos): uma reforma tendente a flexibilizar o currículo e reduzir os programas aos conteúdos considerados “essenciais” (de acordo com o Perfil coordenado por Guilherme de Oliveira Martins), com aplicação generalizada no próximo ano nos 1ºs anos dos vários ciclos do Ensino Básico, incluindo uma mudança da carga horária de várias disciplinas tradicionais, a reconfiguração do currículo e a redução da carga lectiva dos alunos. A aplicação ao Ensino Secundário seria feita mais tarde.
Recapitulemos brevemente o que se anunciou ontem (esperemos que para manter desta vez): uma reforma tendente a flexibilizar as estratégias pedagógicas de abordar o currículo, não alterando programas, com aplicação generalizada apenas nos 3º e 4º anos do 1º ciclo do Ensino Básico, sem reduzir a carga horária das disciplinas tradicionais. A aplicação no Ensino Secundário de uma maior permeabilidade na escolha das disciplinas pelos alunos. O avanço com uma experiência-piloto de reconfiguração curricular em cerca de 50 escolas com 2º e 3º ciclo, com autonomia das escolas para definirem áreas de trabalho comuns a diversas disciplinas.
Ou seja… avançou-se com algo razoável e que poderia ter sido proposto, desde o início, sem especial polémica, sem a necessidade de andar pelo país a arregimentar apoios ou de encenar vagas de fundo a apoiar as medidas. Se o primeiro projecto travou por razões eleitoralistas ou veto informal presidencial, em vez de ser por básico bom senso, não me interessa.
Se tudo tivesse sido apresentado assim desde o início, tudo teria sido muito melhor e mais pacífico. De qualquer modo, há sempre a hipótese do império contra-atacar porque o ladro negro tem muita força.
Bem dizia eu: deixa-os poisar… 🙂
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Mas só poisaram (por enquanto) assim, porque lhes foram sendo tirados outros sítios onde poisar.
Se pudessem ter andado à vontade, teriam poisado à balda.
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Penso que será , mesmo assim, (à balda) que poisarão- Ora tomem lá as Flexibilidades e desenrasquem-se.
O mesmo acontece com a confusão das reformas antecipadas. Não é para fps da CGA. Para estes, nós, logo se verá. Até lá desenrasquem-se também. Olhem, sobrevivam , com muito stretching e alongamentos- as flexibilidades, pois.
Vamos então lá deixá-los poisar também………
E andamos nisto- poisa, não poisa, etc.
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Pois eu olho para aqueles “cenários” de operacionalização da coisa e não vejo maneira de aquilo fazer sentido.
O “plano B” parece-me inconsistente e feito em cima do joelho:
https://escolapt.wordpress.com/2017/03/23/flexibilizacao-pedagogica/
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Ora aí está: ao menos são consistentes na inconsistência!
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