Neste caso é a portaria das vagas extraordinárias, mas exactamente 3019, mas só com direito a entusiasmo para o pessoal do 1º ciclo e da Educação Especial, grupos que ficam com 1076 delas, 1140 se contarmos com o Inglês para o 1º CEB (o velho grupo de EVT tem direito a 1 e o de Educação Musical a 4, o que mostra o grande interesse pelas Expressões…): Portaria 129Cde2017.
Dia: 6 de Abril, 2017
Portaria 129-B/2017 de 6 de Abril
A ficar conhecida como a portaria das vagas para o concurso interno: Portaria 129Bde2017.
Tirando a Necessidade de Coragem, Parecem-me Só Vantagens
Daquela ideia, cuja paternidade não reclamo, mas apenas a evocação. De transformar o modelo de avaliação do Ensino Básico num sistema em que só não transitariam os alunos a que agora se atribuem alíneas por terem desaparecido por completo das aulas ou algo equivalente, embora mantendo-se a mesma escala de 1 a 5 para todos os outros, que transitariam independentemente da sua média, até porque acima de zero é domínio do positivo e não do negativo, muito mais quando a escala começa em 1.
Desta forma, teríamos um sistema que faria evaporar o insucesso quase por completo em apenas um ano, permitindo – e este é o argumento que mais sensibilizará os nossos decisores e expertos assessores para o tema – uma enorme poupança assim de um momento para o outro, a acreditar nos valores com que nos brindam sempre que falam nas desvantagens do insucesso escolar.
Haveria ainda uma outra vantagem, que acredito menor para muita gente mas que a mim sensibiliza bastante, que é da honestidade de todo o processo: transitando todos os alunos com classificação, os professores ficariam libertos da necessidade de maquilhar classificações e produzir “positivas” a tempo de preencher as estatísticas de final de período ou ano. Se o aluno passar de qualquer forma, penso que a função de avaliação se tornaria mais justa, transparente e menos hipócrita, ficando muitos professores sem a pressão de fingir que o 2 é 3 ou que não há quem não mereça mais de 1, tão pouco foi o que fez. O aluno tem uma maioria de níveis 1 ou 2? Pronto, passa, tem sucesso, mas fica a saber-se que tem uma média de 1,4 ou 1,6 ou 2,1.
(e não se esqueçam da poupança…)
Desta forma, os alunos teriam a avaliação que merecem e transitariam na mesma, num modelo que penso ser o melhor de dois mundos, quiçá incompatíveis se não mudarmos completamente o nosso olhar sobre tudo isto. Se é o que acho mais adequado e o melhor? Já nem sei bem… digamos que atingi a fase em que acho que o melhor mesmo é sermos honestos em todos este processo. Os políticos podem reclamar o sucesso quase pleno dos alunos para si e o professor deixaria de ser fingidor, fingindo tão completamente, que chega a fingir que é sucesso o sucesso que deveras não sente.
(e não se esqueçam da poupança…)