Brincando às Provas!

Vamos fingir tão completamente…

Exmos. Senhores Diretores de Escola/Agrupamento de Escolas
Exmos. Senhores Presidentes de CAP

A pedido da Senhora Vogal do Conselho Diretivo do IAVE, Drª  Sandra Pereira, divulga-se a seguinte informação:

Na sequência da participação do IAVE no Ciclo de Reuniões com Diretores de estabelecimentos escolares, iniciativa da Secretaria de Estado da Educação, e pretendendo dar resposta às questões e às preocupações colocadas por alguns Diretores relativamente à aplicação da componente de Expressão Plástica da prova de aferição de Expressões Artísticas (código 27), o IAVE informa que, sem prejuízo do que está definido em informações publicadas anteriormente e no Guia de Aplicação das Provas de Aferição do Júri Nacional de Exames, as escolas poderão organizar os alunos para a aplicação da referida componente, de acordo com os seus contextos e recursos logísticos e sempre que estiverem garantidas as condições para que os alunos possam efetuar a prova conforme o previsto.

Por conseguinte, de acordo com as características de cada escola, podem ser adotadas as seguintes alternativas, entre outras consideradas adequadas: a aplicação de toda a prova ou apenas da componente de Expressão Plástica noutro espaço mais amplo do que o da sala de aula ou a colocação de dois alunos por mesa, sempre que a mesma seja suficientemente espaçosa para permitir que os alunos desempenhem as tarefas previstas.

Com os melhores cumprimentos,
Maria Manuela Pastor Faria
Diretora-Geral dos Estabelecimentos Escolares

Acredito que no caso da prova de Educação Física ainda não terá saído nada disto por pura teimosia…

baby

Mais um Não-Recuo

Bem fiz eu em não andar a inscrever-me à pressa nas formações/promoções que nos andaram semanas a publicitar. Recuo ou não-recuo, parece que imperou o bom senso… ou então percebeu-se que uma medida restritiva teria de ter uma qualquer contrapartida do lado do preço dos manuais. E isso… é matéria sagrada.

Mas, que conste, mais vale recuar num disparate do que forçá-lo para encenar firmeza.

Educação. Ministério recua na proibição do envio de manuais a professores

travagem

Professor ou Profissional da Educação?

Fazia há uns dias uma pesquisa sobre um tema relacionado com o acesso à Universidade quando deparei com um texto, já com mais de um ano, de um colega blogger em reacção a algo que eu escrevera. Na altura, li o texto, mas não me dei ao trabalho de ir aos comentários, matéria sempre saborosa para encontrar malta com nicks cheia de coragem para desancar no lombo alheio. Foi assim que dei por lá com pelo menos duas almas que entraram naquela de usar argumentos sobre o meu aspecto físico (sempre algo giro para quem nem sequer tem cara para se ver o aspecto intelectual) e, numa abordagem mais sofisticada, estabelecerem uma distinção entre “professor@s” (que seriam elas, grandes amantes de tudo o que fazem) e “profissionais da Educação” (não o assumiram, mas deveria ser eu, que cá andarei apenas por dinheiro).

A coisa divertiu-me ao ponto de não ir lá agora responder, preferindo escrever sobre o assunto, assumindo por inteiro que me considero “profissional” com orgulho da Educação porque tento sempre (ou quase) desenvolver a minha actividade com profissionalismo, mesmo em condições adversas, em vez de birrar como vejo outras pessoas e baterem em retirada se a docência entrar em conflito com negócios que têm fora das escolas. Aliás, nesse grupo de professores em particular, conheço das pessoas mais dedicadas à profissão, mas também muito boa gente que, tendo biscates por fora e sendo necessário optar, arranjam sempre um dia para faltar, quiçá um estado de debilidade física (já eu, o que faço em tempo extra-lectivo nunca é justificado de maneira manhosa se colidir com o meu horário), de modo a nunca arriscarem as tais oportunidades externas. São excepções, claro que sim, mas nem sempre completamente excepcionais. Por comparação com essas pessoas, tão amantes da profissão que até me brotam lágrimas dos olhos, é para mim um elogio ser considerado um “profissional da Educação”, porque isso é algo que muita gente desconhece o que seja e que, mesmo colocando-lhes em frente um manual de deontologia, não saberiam reconhecer, tamanha a estranheza.

Bater no peito, com elogio em causa própria, anunciando grandes  e excelsas qualidades para ofender o próximo é algo patético mas que, em caso de necessidade, também posso fazer. Porque sei, vi, ouvi e não finjo. Eu sou professor e profissional do meu sector de actividade. Problema mesmo é quem colhe os direitos de ser professor, mas sempre com a mão estendida para outras coisas, onde dá litro e meio de suor, à custa das escolas públicas, para onde vai sempre que pode descansar.

Zepov