Dia: 27 de Abril, 2017
Eu Também Tenho umas Impressões
Podem preparar-me umas provas de aferição a pedido?
Por exemplo, a mim parece que a História da Arte é pouco trabalhada no Ensino Básico… para o ano podemos fazer umas provas pioneiras nessa área essencial do conhecimento e da formação do gosto e do sentido estético dos indivíduos, no cruzamento das Expressões com a História? E eu poderia fazer aqui um parecer em poucos minutos, cheio de conversa da treta sobre abordagens transversais e zonas de contacto entre áreas disciplinares que promovem soft skills e são absolutamente essenciais para o desenvolvimento do pensamento crítico das crianças e jovens, em especial as mais desfavorecidas que têm menos acesso a “bens culturais”.
Fazia-se assim… os alunos do 3º ano iam para um Museu, escolhiam uma obra, faziam uma descontrução gráfica e depois um enquadramento histórico da obra a partir de pesquisas online com recursos digitais, com um acompanhamento e observação por parte de dois professores que mais do que classificadores deveriam ser guias e mentores. Como cá em casa há uma licenciada em História da Arte eu proponho já a contratação da Associação de Professores de História da Arte (ou a criação de uma nova, com um nome ligeiramente diferente do tipo Confederação de Docentes de História e Arte) para aconselhar a equipa do ME nesta matéria, dar apoio na elaboração da prova, monitorizar, avaliar e sistematizar os resultados da dita cuja. Que pode ser sobre o “Impressionismo”.
Porque parece que agora é assim que as coisas funcionam. As pessoas têm “impressões” e fazem provas de “aferição” com “guião” pré-fornecido e depois irão ser tiradas as conclusões (sistematizadas) da “fotografia” assim obtida, conclusões essas que só por acidente cósmico singular não comprovarão o “impressionismo”. E serão feitas “propostas” no sentido do “reforço desta componente” no currículo do Ensino Básico.
Muito mais haverá a escrever sobre isto e sobre uma teia não muito clara de influências que, pelos vistos, levam uma área da governação a fazer vontades a grupos muito específicos de sedução. Não é nada de novo mas, tal como no passado com outros, há que saber perceber o que está verdadeiramente em jogo nestas provas. Neste momento, sou capaz de escrever as conclusões que irão ser tiradas e as recomendações que irão ser feitas para o futuro. Só não meto o nome aos signatários, porque ainda aguardo cinco tostões de decoro nesta fantochada. E prometo que edito devidamente as propriedades do documento.
O poder (o verdadeiro, o que consegue determinar na sombra decisões concretas em favor de interesses particulares… e não digam que são em primeiro lugar os dos alunos) na Educação funciona assim.
Quais máriosnogueiras…
(vá… batam à vontade os atletas do costume e comecem com aquelas bocas habituais e muito giras sobre o facto de eu isto e aquilo, não andar a fazer a escalada do banco sueco todas as manhãs e o salto dos emplastros ao entardecer…)
Que Belo Ambiente!
O presidente da Agência Portuguesa do Ambiente garantiu que “não se estimam impactos transfronteiriços significativos em situação normal de funcionamento do armazém nem em caso de acidentes severos”
Portugal considera adequada e segura a construção de um armazém para resíduos na central nuclear de Almaraz, em Espanha, foi esta quinta-feira anunciado.
O parecer consta do relatório do grupo de trabalho técnico relativo ao projeto e esta quinta-feira divulgado em conferência de imprensa, na sede da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em Lisboa.
E Só uma Sugestão
Não é para ofender ninguém, muito menos uma tribo de gente algo obcecada. Mas… que tal se os fanáticos das raspadinhas e das apostas do placard, quando a coisa não resulta, em vez de rasgarem em fúria as papeletas e as espalharem aos quatro ventos, até caírem pelos passeios, ousassem deitar os restos mortais da má sorte nos caixotes de lixo que há com razoável frequência junto às papelarias, por vezes mesmo no seu interior? Até pode ser que exista quem ache que dá uma espécie de ar de neve em país quase tropical, mas olhem que não, parece só mesmo coisa de malta assim para o labrego em modo infra-urbano.