Depois dos fogos. Ou no intervalo dos fogos. A Tancos. À Santa Casa da Misericórdia…
Mês: Junho 2017
Focus Group
Não gosto muito da tradução. Mas é sempre interessante ser-se o único básico nestas coisas. Ainda para mais, heterodoxo em relação ao novo diktat. É capaz de ser giro quanto a contrastes.
Cristandade Nova
Se deram recentemente com pessoal a bater muito no peito na defesa da diferenciação dos instrumentos de avaliação e na necessidade de adequar os métodos de ensino ao perfil de aprendizagem dos alunos, podem ter quase a certeza que é malta que descobriu isso há pouco, acha que é novidade e que deve ensinar a missa aos párocos antigos. E então a Fé descoberta é inabalável e não adianta explicar-lhes que já existia tudo isso na era a.V. (antes do V…).
A Silly Season em Força
Não é tanto tomar-se o Ascensão pelos “pais” ou a presidente da ANP pelos “professores”. Já se está habituado a que um par de árvores, mais ou menos raquíticas, seja tomado pela floresta. Nem sequer é o facto de, para parecer modernos, quererem enveredar por uma forma de avaliação externa das aprendizagens que é a antítese do que por estes tempos se tem afirmado em relação à necessidade de fazer uma avaliação humanizada e contextualizada dos alunos.
Neste caso, e numa deriva preocupante do uso do meu tempo, o que me prende o olhar é a incapacidade de nos sites do Correio da Manhã e do Público existir qualquer especial cuidado em corrigir as prosas da Lusa ou, pior se assim for, em as corrigir para gralhar (Público) ou disparatar (CM) nos subtítulos.
Porque – como diria o grande Mário Nogueira – uma coisa é um tipo escrever umas parvoíces num blogue…
Da Utilização do Travessão para Intercalar um Aparte num Texto
O Livresco envia-me muita informação e ligações do que se publica em Educação entre nós. Algumas vezes dou comigo a ler coisas perfeitamente inúteis, por preguiça, apatia ou ligeiro divertimento. Há pouco, lia uma prosa perfeitamente anódina da actual subdirectora do DN sobre a greve recente dos professores (o Baldaia anunciou catástrofes com a sua ira habitual a projectar fogo e chumbo sobre a malandragem, a sua sub veio agora afirmar a bonança) só porque me divertiu o uso recorrente do travessão para intercalar apartes, explicações, detalhes numa frase – tal como eu estou a fazer aqui – sem que se perceba bem se o sabe fazer, se apenas se esquece que o que é intercalado deve ter um travessão no início e outro no fim, exactamente para produzir o efeito de destaque.
Exemplifico: num texto com seis parágrafos, a opinadora começa bem – usa os travessões de forma canónica no segundo e terceiro parágrafo – e depois perde-se do quarto ao último parágrafo, “abrindo” o travessão inicial e depois esquecendo-se de “fechar” a parte intercalada. Num dos casos percebe-se que mais valia ter usado uma vírgula, em outro ainda aparecem umas reticências…
Eu entendo, também já dei muita calinada na vida, acontece. Quantas vezes com a pressa. Mas, que raios, eu sou um mero professor do básico, não sou subdirector do nosso diário (continental) mais antigo. Cá para mim, ainda fez Português com professores grevistas e deu nisto, só que não informaram o chefe do posto de comando.
Cruzes… já cheguei à silly season… preciso de ir ler as páginas cultas do espesso para saber o que há de transcendental por aí…
(material de apoio de um manual do 5º ano)
Je Suis Penélope
Não é tão interessante levar umas horas a cotejar toda a imensa papelada produzida ao longo do ano lectivo na Direcção de Turma, para guardar apenas a ínfima parte que é mesmo relevante para a vida escolar do aluno? E olhem que ainda sobra um bocado, mas tudo aquilo que se acumula de irrelevâncias é um absoluto disparate.
Tenho de Experimentar
Aquela do atestado em época ainda ou já baixa para fazer férias sem ter de pagar sempre tarifas de Agosto. Porque ou há moralidade ou não se tramam sempre os mesmos.
Falo em abstracto… teoricamente… em tese. Claro.
Política Transgénero
PSD e CDS a reclamarem celeridade no apuramento de responsabilidades, mesmo antes de qualquer inquérito, e o Bloco e o PCP a exigirem responsabilidade e que se espere pelos resultados dos inquéritos.
O Costa metamorfoseia as identidades como ninguém.
Facilitismo É…
… recolher evidências de fraude, de favorecimento indevido de alguns, e deixar tudo como está, não cumprindo a lei, porque daria muito trabalho e implicaria muita coisa e tal em termos “logísticos”.