Poupanças

Um terço das páginas da prova de Português do 8º ano estavam em branco. A sério que não se conseguia fazer o mesmo com 3 cadernos de 4 páginas? É que é muito eucalipto assassinado.

De qualquer modo, percebe-se que esta prova foi feita de acordo com o padrão gráfico das provas (finais ou outras) de Português dos últimos anos.

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O Problema do Fim das Aulas

É que há muito encarregado de educação sem saber o que fazer à descendência e não estou a falar dos petizes, mas daqueles já crescidotes que chateiam que se fartam e têm as maneiras de carroceiros se os carroceiros fossem muito piores do que os estereótipos dos ditos populares. E se a parte dos telemóveis é nova (enfim… antes também havia que andasse na rua com transistores a distorcer música, só que era faduncho ou o jogo da bola), a parte de expelir secreções de diverso tipo (em qualquer lado é algo transgeracional, assim como a mania de falar como se precisassem de comunicar a plenos pulmões com os anéis de saturno. Ou seja, deixa-se de ouvir nos corredores da escola para se passar a ouvir pela janela da sala.

E depois é tudo natural – o que quer? são jovens! – desde que seja longe da porta e do olhar.

Não, não ando a ficar velho. A grunhice juvenil, a mesma que já me entediava de morte no meu tempo de ser assim, é que não involui com o século XXI.

Verano Azul

 

As Maiores Dificuldades da Prova de Aferição de Matemática e Ciências Naturais (5º Ano)

Embora a prova comece pelas Ciências e por ordem alfabética as CN também surjam antes da Matemática. Mas isso não interessa.

Como vigilante interessado constatei – como outros colegas na 5ª feira e hoje – que algumas das maiores dificuldades na realização desta prova são:

  • Trazer o material necessário para a prova,. pois uns 25-30% trazem uma esferográfica e o resto (como a parte da Geometria) que se faça por si mesma.
  • Escrever o nome completo ou assinar de acordo com o Cartão de Cidadão (por muito que se avise, mesmo três vezes em cinco minutos, não há maneira…).
  • Ler as questões do princípio ao fim.
  • Entender as palavras das questões, desde logo o género ou número delas, porque o singular não é plural quando , por exemplo, se pede para assinalar “a” opção correcta.
  • Entender que o espaço que fica para a demonstração da resolução de um problema (questão 10) não é para escrever 2/5=25.
  • Ocupar 30 a 40 minutos sem fazer nada, após terminar a prova (ou dá-la por terminada) sem bocejar ruidosamente, reclamar com o calor, esparramar-se na cadeira com tédio e, no fundo,

(mas nada de dúvidas, a culpa de tudo isto é dos professores ou porque não ensinaram a preceito ou, se ensinaram, porque andaram a “treiná-los”)

 

 

Vamos Lá Então Aferir, na Perspectiva do Vigilante

Os bons alunos ainda se preocupam, mas isso preocupar-se-ia sempre. Os outros, sabem que não serve para nada, a menos que acreditem que resultados a chegar no fim do mês são contabilizados nas reuniões da próxima semana. “É como no 9º ano…”, há quem lhes diga… mas eles sabem que não são “exames” porque esses agora são maus e nem se percebe porque ainda existem sem ser só à entrada da Faculdade, que é para diferir o insucesso até aos limites e passar o ónus do “rigor” aos outros e nada aos mesmos.

Vamos lá então fingir durante quase 2 horas, entre entradas e saídas, que estamos a tirar uma “fotografia ao sistema” para não ficarmos apenas com “impressões”.

metralhus