Tem uma estrutura e questões completamente desajustadas a alunos no 2º ano, quando se sabe que no 1º a retenção não é praticamente possível e o trabalho é feito na base dos grupo-turma. Nem sequer vou referir que raio de fixação foi a que fez escolher a alfarroba como tema da primeira parte da prova, Vou mais concentrar-me no seguinte documento que é apresentado a alunos do 2º ano.
O site consultado está longe de ser para crianças, mas tudo bem, até tem iniciativas para crianças e jovens. Mas… o cartaz escolhido destina-se a “utilização em diversos contextos, como clínicas, centros de saúde, escolas e instituições públicas de interesse” e não propriamente para provas de avaliação de competências de alunos com 7 anos.
A massa de informação, a densidade do texto, o vocabulário específico (tudo agravado com a ausência da cor usada na imagem original), estão claramente fora do que é exigível a alunos do 2º ano, mesmo se as metas para Estudo do Meio contemplam conhecimentos funcionais sobre “a Saúde do seu Corpo”. Existiam coisas bem mais simples nas provas finais de 4º ano em termos de textos para recolha de informação. Quanto muito poderia ser um material para exploração orientada em sala de aula, numa actividade (que até poderia ser de “projecto”) para várias horas.
Se esta prova para crianças com uma média de 7 anos fosse feita em outro contexto, haveria por aí gritaria sem parar quanto ao nível de exigência. Agora, passará sem brado porque tudo anda domesticado, apesar d@s colegas do 1º ciclo terem sido designados por estes dias como bombos da festa.
Isto não é uma “aferição” com “rigor“. É “outra coisa”.
Já o de 12º ano foi de molde a agradar aos futuros eleitores e respectivas famílias.
Concordo! Um aluno levou 15 min com soluços e como a ordem era para não beber lá perde esse tempo de absoluta concentração.
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E a distribuição de tempo? Na primeira parte ficaram 15 minutos a olhar para o boneco, e na segunda parte, nem tempo tinham para fazer um rascunho. Mas também foi trabalho colaborativo, visto os meus alunos, pelo menos, estarem sentadinhos dois a dois e sem nada a separar. Por isso os olhares de inspiração no trabalho alheio foram muitos…
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