Confiança

Falta cada vez mais. Auto-confiança (da verdadeira, não da que revela mais sobre a insegurança do que sobre outra coisa), confiança inter-pares, confiança na tutela. Procurem uma modalidade e estamos em défice. Esse é um traço que marca a última década de forma indelével como já escrevi tantas vezes. Agrava-se cada vez mais. Tem efeitos devastadores, embora não saiba se conseguem transformar-se em indicador estatístico relevante para os especialistas no (in)sucesso porque, como sabemos, para quase todos eles não passamos de autómatos. Ou então de irritantes insubmissos que é preciso domesticar a todo o custo.

E quando a confiança falta, desenvolvem-se outros fenómenos daninhos. Não me apetece desenvolver mais. A tarde foi algo deprimente.

E que se lixe quem acha que não posso desabafar aqui…

timidez

Só Se Pode Sentir uma Enorme Tristeza

Quando há quem abdique de décadas de profissionalismo para se refugiar atrás de grelhas para fundamentar um juízo. Eu sei que o medo se tornou a regra e o carneirismo parece ser algo mais prudente do que a afirmação da individualidade. A culpa é, claro, de quem anda a incutir isto ao longo de muitos anos, a atemorizar a classe docente com raios e coriscos se não assegurar o sucesso, mas não é a única razão para o estado de coisas a que vai chegando tudo isto, ao finalizar o ano lectivo. A avaliação é algo demasiado sério para ser deixado à m€rd@ das grelhas de excel. Mais ou menos coloridas. Com mais ou menos fórmulas mancas. E quem aqui passar e achar que é “recado” de proximidade ou à distância, é capaz de ter razão, mas também saberá que o digo, sempre que necessário, frente a frente. Pode ser, pode não ser, quem quiser que enfie a barretina, Sim, sinto-me triste pelo ponto a que cada vez mais gente chegou na sua rendição, seja num sentido como no outro. E nem estou a falar de coisas que me fazem lembrar este velho termo do nosso calão.

Olé