Sacado ao Arlindo. Não tenho quaisquer dúvidas que figurará em qualquer antologia do ensino em Portugal na Época Contemporânea, a começar pelo século XX (digo eu…).
Fica aqui: Despacho PAF.
As definições do artigo 2º são um manual do eduquês do grande arco da governabilidade em Educação (a única área que tem consenso de gente do CDS ao Bloco, pelo que quem está contra só pode ser anarca).
b) «Aprendizagens essenciais», o conjunto comum de conhecimentos a adquirir, isto é, os conteúdos de conhecimento disciplinar estruturado, indispensáveis, articulados concetualmente, relevantes e significativos, bem como de capacidades e atitudes a desenvolver obrigatoriamente por todos os alunos em cada área disciplinar ou disciplina, tendo, em regra, por referência o ano de escolaridade ou de formação;
(…)
e) «Autonomia e flexibilidade curricular», a faculdade conferida à escola para gerir o currículo dos ensinos básico e secundário e a organização das matrizes curriculares base, ao nível das áreas disciplinares e disciplinas e da sua carga horária, assente na possibilidade de enriquecimento do currículo com os conhecimentos, capacidades e atitudes que contribuam para alcançar as competências previstas no «Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória»;
f) «Domínios de autonomia curricular», áreas de confluência de trabalho interdisciplinar e ou de articulação curricular, integradas na matriz curricular-base de uma oferta educativa e formativa, em resultado do exercício de gestão local de flexibilidade inscrito por cada escola nos instrumentos de planeamento curricular.
Ao artigo 3º – que vai até à alínea u) – ou ao artigo 4º – que só chega à k) – apenas falta acrescentar que a escala de avaliação dos alunos deixa de existir, que começa logo no 3 e que é mesmo proibido não transitar ou aprovar todo e qualquer aluno que respire (assinar o nome sem erros dá 4).
Chamo a atenção para a matriz curricular, que tem algumas subtilezas interessantes que agora é tarde para esmiuçar (em especial no 3º ciclo, mas não só), mas que só flexível nas orelhas… e fazer horários vai ser um petisco em algumas áreas. No caso do 1º ciclo (1º e 2º ano), o “aligeiramento” do currículo traduz-se na obrigatoriedade das 25 horas, quando agora podem ser apenas 22,5.
A sério… para fazer trabalho de projecto não era preciso tanto palavreio.
E quem não saltar, é velho do Restelo e não sabe ver o século XX(I).